Liga Árabe condena iminente ofensiva terrestre israelense

O secretário geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, advertiu hoje sobre as consequências de uma ofensiva terrestre do exército israelense contra o sul da Faixa de Gaza, onde estão refugiados 1,5 milhão de palestinos.    

Os planos para deslocar centenas de milhares de pessoas, abrigadas lá como último recurso diante de ataques indiscriminados, é uma séria ameaça à estabilidade regional, disse ele em um comunicado.

Aboul Gheit disse que forçar esses cidadãos a fugir de Gaza para o Egito é uma violação da lei internacional e ultrapassa as linhas vermelhas de segurança nacional do país árabe.

O mundo deve prestar atenção a esse projeto perigoso, conduzido pelos extremistas de direita israelenses que querem esvaziar Gaza de seus habitantes por meio de uma política de limpeza étnica, enfatizou.

A esse respeito, ele denunciou o fato de que vários ministros do gabinete de Benjamin Netanyahu não escondem suas intenções de provocar uma deportação em massa e a recolonização da área por judeus.

LEIA: Apesar de toda a hipocrisia, o desinvestimento em Israel ainda é possível e essencial para acabar com o apartheid

O Parlamento Árabe, que criticou a iminente invasão de Rafah, fez uma declaração semelhante.

Consideramos a ocupação israelense totalmente responsável pelos massacres e derramamento de sangue que não cessarão no caso de uma incursão, disse a instituição em um comunicado.

A instituição pediu à comunidade internacional e ao Conselho de Segurança da ONU que intervenham com urgência para “impedir a expansão da agressão e dos crimes de genocídio em Rafah”.

Em uma entrevista à emissora de televisão norte-americana ABC, Netanyahu reafirmou ontem à noite sua disposição de invadir o sul da Faixa de Gaza, uma ameaça que provocou uma onda de condenação internacional, inclusive dos aliados de Israel.

Publicado originalmente em Prensa Latina

Sair da versão mobile