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Chanceler sul-africana sofre ameaças israelenses, pede segurança extra

Ministra de Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, conversa com a imprensa após o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) reconhecer “plausibilidade” da denúncia de genocídio em Gaza, conduzido por Israel, em Lahey, Holanda, 26 de janeiro de 2024 [Dursun Aydemir/Agência Anadolu via Getty Images]

A ministra de Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, reportou receber ameaças de “agentes israelenses” desde a denúncia de seu país de genocídio em Gaza, apresentada no mês de janeiro ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia.

Ao conversar com jornalistas na noite de quinta-feira (8), na Cidade do Cabo, Pandor confirmou ter levado a matéria ao ministro de Segurança Pública, Bheki Cele, devido a diversas mensagens que a fizeram crer “ser melhor buscar segurança extra”.

Pandor expressou preocupação em especial com sua família, após comentários nas redes sociais mencionarem seus filhos.

A ministra confirmou relatos de que o serviço de inteligência externa de Israel, o Mossad, adota métodos de intimidação contra críticos à opressão e ocupação na Palestina histórica.

LEIA: Israel desafia diretivas de Haia para evitar genocídio em Gaza

“O povo da Palestina e do mundo não recuou no pior momento do apartheid [sul-africano]. Eles ficaram ao nosso lado na luta por libertação. Portanto, também não podemos recuar”, destacou Pandor. “Devemos estar ao lado dos palestinos e não podemos permitir que nossa coragem seja abalada”.

Não é a primeira que a ministra denuncia ameaças a sua família. Em janeiro, durante coletiva de imprensa em Pretória, Pandor aludiu ao caso, ao denunciar comentários racistas e difamatórios, ao descrevê-la como “terrorista”.

Apesar das medidas cautelares emitidas em Haia, Israel mantém massacres a Gaza desde 7 de outubro, deixando 27.947 mortos e 67.459 feridos, além de dois milhões de desabrigados, em meio à destruição de 60% da infraestrutura civil.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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