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Testemunhos confirmam tortura de palestinos nas cadeias de Israel

Prisioneiros palestinos chegam ao Hospital Najjar de Rafah, no sul de Gaza, após sofrerem tortura em custódia de Israel [Firas Al-Shaer/Reprodução]

Testemunhos de prisioneiros palestinos confirmam tortura física e psicológica sob custódia das forças da ocupação israelense. Segundo os grupos palestinos, trata-se de evidência adicional de crimes de guerra e lesa-humanidade cometidos pelo Estado ocupante.

Sobre os relatos, afirmou o Hamas: “Pedimos a todas as instituições internacionais e de direitos humanos que ouçam os testemunhos horríveis dos palestinos detidos em Gaza, recentemente libertados das violações e da tortura física e psicológica imposta nas prisões da ocupação, que busca deliberadamente omitir seu paradeiro, seus números e sua situação de custódia”.

Os testemunhos, acrescentou a nota, somam-se às provas contra Israel e demandam resposta adequada nos fóruns especializados e cortes internacionais — incluindo o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que investiga a “plausibilidade” do genocídio em Gaza.

Palestinos libertados após semanas de detenção nas cadeias de Israel são levados às pressas aos hospitais, com as mãos e os pés inchados devido a posturas de desconforto físico por períodos extensos, além de marcas e ferimentos de choques elétricos e espancamentos.

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Conforme os relatos, os prisioneiros são forçados a dormir nus no chão de pedra, sob o inverno do Hemisfério Norte.

Em Gaza, são 26 mil mortos e 65 mil feridos, além de dois milhões de pessoas desabrigadas sob fome generalizada, à medida que Israel mantém um cerco absoluto ao enclave palestino — sem comida, água, luz, medicamentos ou combustível.

Ao justificar suas ações, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, chegou a descrever os 2.4 milhões de palestinos de Gaza como “animais humanos”.

Na Cisjordânia, são mais de seis mil presos em somente 120 dias, ao dobrar, em certo momento, a população carcerária palestina. O índice exclui os cidadãos capturados em Gaza, amontoados em caminhonetes e levados a paradeiros desconhecidos, em imagens análogas aos campos de concentração nazistas.

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A maioria dos palestinos presos permanece em custódia sob detenção administrativa — isto é, sem julgamento ou sequer acusação; reféns, por definição.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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