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Hamas e Jihad prometem defender a Palestina ao avaliar proposta de cessar-fogo

Ismail Haniyeh (à direita), chefe político do Hamas, ao lado de Ziad al-Nakhala, secretário-geral do movimento de Jihad Islâmica, durante reunião entre as facções palestinas Beirute, no Líbano, em 3 de setembro de 2020 [Anwar Amro/AFP via Getty Images]
Ismail Haniyeh (à direita), chefe político do Hamas, ao lado de Ziad al-Nakhala, secretário-geral do movimento de Jihad Islâmica, durante reunião entre as facções palestinas Beirute, no Líbano, em 3 de setembro de 2020 [Anwar Amro/AFP via Getty Images]

O movimento de resistência islâmica Hamas confirmou nesta sexta-feira (2) que o chefe de seu gabinete político, Ismail Haniyeh, debateu a nova proposta de cessar-fogo em Gaza, com Ziad al-Nakhala, secretário-geral do grupo de Jihad Islâmica.

Em nota, reportou o Hamas: “Os avanços políticos e em campo em curso na arena palestina, em particular oriundos da Operação Tempestade de Al-Aqsa, foram avaliados durante comunicação entre Ismail Haniyeh e Ziad al-Nakhala”.

“Discussões foram realizadas sobre iniciativas para encerrar a agressão [israelense] a Gaza e há ponderações sobre uma nova proposta de cessar-fogo, com base na ideia de que as negociações devam levar, em absoluto, ao fim das agressões, retirada das forças da ocupação, suspensão do cerco, esforços de reconstrução, acesso humanitário e ampla troca de prisioneiros”, declarou o movimento.

“As facções de resistência defenderão os interesses do povo palestino”, acrescentou.

Haniyeh e al-Nakhleh enalteceram ainda “a resistência heroica do povo palestino, seu valor e a vontade político expressa na Operação Tempestade de Al-Aqsa, ecoada na cidade de Jerusalém, na Cisjordânia e em todos os outros lugares onde está presente, para conquistar sua liberdade, seu direito de retorno e sua independência”.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação à Operação Tempestade de Al-Aqsa — ação transfronteiriça que capturou 253 colonos e soldados.

Segundo índices israelenses, 1.200 pessoas foram mortas na ocasião. No entanto, desde então, uma reportagem investigativa do jornal Haaretz revelou que boa parte das vítimas foi executada por “fogo amigo”, sob ordens diretas do exército para impedir a captura de reféns.

Em menos de 120 dias, Israel matou, no entanto, 27 mil palestinos de Gaza e feriu outros 66 mil, em ampla maioria mulheres e crianças. Nas últimas 24 horas, foram 112 mortos. Milhares, não obstante, continuam desaparecidos sob os escombros — provavelmente mortos.

Aeronaves israelenses não pouparam escolas, hospitais, abrigos ou mesmo rotas de fuga. Cerca de 85% da população de Gaza — ou dois milhões de pessoas — estão desabrigadas.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

LEIA: Presos contra a cerca, palestinos de Gaza temem ofensiva israelense a seu último refúgio

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