Portuguese / English

Middle East Near You

O pacto entre os idiotas úteis e os cordeiros de sacrifício

Nada poderia ser mais aberrante do que ver um seguidor de Jesus apoiando, ou se mostrando indiferente, diante de tanta monstruosidade.
Uma criança fica na entrada de uma tenda improvisada durante o tempo frio enquanto os palestinos, que deixaram suas casas, se abrigam na cidade de Rafah para se protegerem do bombardeio israelense em Rafah, Gaza, em 27 de janeiro, 2024. [Abed Zagout/Agência Anadolu]

A humanidade está contemplando as cenas de morticínio mais estarrecedoras desde os tempos da Alemanha nazista. Estamos nos referindo ao massacre do povo palestino que está sendo perpetrado pelas poderosíssimas forças armadas do sionista Estado de Israel.

É humanamente impossível não se sentir abalado diante da constatação de que as principais vítimas das atrocidades cometidas pelos sionistas israelenses sejam as crianças e mulheres palestinas. Sim, é isto mesmo, os militares sionistas matam PREFERENCIALMENTE crianças e mulheres. Tanto assim que, das já quase 30.000 vítimas civis, 70% dos assassinados são crianças e mulheres.

Porém, o que nos deixa ainda mais estarrecidos é saber que, aqui no Brasil, assim como nos Estados Unidos, os principais apoiadores deste diabólico plano de extermínio sejam pessoas vinculadas a certas igrejas que se dizem cristãs.

Como é possível que isto se dê, se a figura de Jesus nos transmite exatamente o oposto de toda essa maldade? Como aceitar isto, sabendo que Jesus sempre significou o símbolo maior do amor, da solidariedade, da tolerância, da priorização dos mais necessitados e, especialmente, das crianças?

Nada poderia ser mais aberrante do que ver um seguidor de Jesus apoiando, ou se mostrando indiferente, diante de tanta monstruosidade. Ninguém que se sinta sinceramente identificado com Jesus e seus ensinamentos poderia concordar com isto.

LEIA: Jesus, o palestino!

No entanto, há de fato instituições ditas religiosas que recorrem ao nome de Jesus para justificar seu respaldo a esses crimes muito mais dignos das forças das trevas, e não do Nazareno. São grupos liderados por verdadeiros farsantes e oportunistas que, há um bom tempo, procuram transformar o nome de Jesus no de um promotor da guerra e da morte. São os nossos já conhecidos dispensacionalistas, os nossos sionistas cristãos.

Esta corrente ideológica da extrema direita do cristianismo se originou nos Estados Unidos e, posteriormente, foi trazida ao Brasil, onde ramificou. Precisamos entender como foi engendrada essa medonha manipulação que possibilitou a que facínoras abomináveis se apoderassem da figura mais representativa da bondade e passassem a empregá-la na sustentação de causas tão malignas. É este o propósito do vídeo que apresentamos nesta ocasião .

A partir dos esclarecimentos de especialistas sérios ligados à teologia cristã, vamos poder entender como se deu este pacto entre duas correntes que se odeiam entre si, mas que, por interesses oportunísticos de momento, se juntaram para massacrar o povo palestino.

Os dispensacionalistas (também conhecidos como sionistas cristãos) que aspiram ao extermínio de todo o povo judeu (com exceção daqueles poucos que vierem a aderir ao cristianismo) e seus potenciais inimigos (os sionistas judeus israelenses) juntam suas forças para aniquilar o obstáculo que se antepõe aos planos de cada uma dessas duas correntes políticas na presente etapa: o povo palestino.

Para os sionistas israelenses, os dispensacionalistas servem como verdadeiros idiotas úteis, que colaboram para que seu objetivo possa ser alcançado mais facilmente. Já os dispensacionalistas (sionistas cristãos) veem nos israelenses algo como cordeiros de sacrifício que devem ser preparados para a hora do abate.

Este plano vai ser melhor entendido ao assistir com a atenção ao documentário do vídeo citado. Enquanto isto, as crianças, as mulheres e todo o povo palestino vão pagando a conta com seu sangue.

https://www.instagram.com/p/C2nckdiP4Kd/

As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a política editorial do Middle East Monitor.

Categorias
ArtigoIsraelOpiniãoOriente MédioPalestinaVídeos & Fotojornalismo
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments