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‘Mandela estará sorrindo’, diz ministro da África do Sul sobre decisão da CIJ contra Israel

O Ministro da Justiça e Serviços Correcionais da África do Sul, Ronald Lamola, fala aos membros da imprensa após a audiência do caso de genocídio da África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia, Holanda, em 12 de janeiro de 2024. [Dursun Aydemir - Agência Anadolu].

O herói da libertação da África do Sul, Nelson Mandela, “estará sorrindo em seu túmulo” com a ordem da Corte Mundial impondo medidas de emergência contra Israel por causa de sua guerra em Gaza, disse o Ministro da Justiça, Ronald Lamola, segundo a Reuters.

Em um processo movido pela África do Sul, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenou na sexta-feira que Israel evitasse atos de genocídio contra os palestinos e fizesse mais para ajudar os civis, embora não tenha exigido um cessar-fogo imediato.

A Corte ainda não se pronunciou sobre a questão central do caso da África do Sul, se houve genocídio em Gaza. Essa decisão pode levar anos.

“Acreditamos que o ex-presidente Mandela estará sorrindo em seu túmulo como um dos defensores da Convenção sobre Genocídio”, disse Lamola à Reuters, à margem de uma reunião do partido governista Congresso Nacional Africano, nos arredores de Joanesburgo.

África do Sul busca justiça para Gaza – Cartoon [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

O ANC há muito tempo defende a causa palestina, uma relação forjada quando sua luta contra o domínio opressivo da minoria branca foi apoiada pela Organização para a Libertação da Palestina de Yasser Arafat.

LEIA: Hamas saúda as decisões provisórias da Corte Mundial sobre Gaza

Ele comparou as ações de Israel à sua luta contra o apartheid, uma comparação rejeitada por Israel, que disse que as alegações de genocídio da África do Sul são “grosseiramente distorcidas” e que faz o máximo esforço para evitar vítimas civis.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse: “A simples alegação de que Israel está cometendo genocídio contra os palestinos não é apenas falsa, é ultrajante, e a disposição da Corte de sequer discutir isso é uma vergonha que não será apagada por gerações”.

Lamola disse que o fato de a África do Sul ter levado o caso à Haia foi um ato de coragem motivado pelo desejo de defender uma ordem mundial baseada em regras.

Ele acrescentou: “É uma vitória para a lei internacional que não pode haver excepcionalismo em nenhuma parte do mundo e Israel não pode ser isento do cumprimento de suas obrigações internacionais”.

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