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Bélgica insta Israel a ‘implementar totalmente’ as decisões do Tribunal da ONU

Primeiro-ministro belga Alexander De Croo. [Dursun Aydemir – Agência Anadolu]

O governo belga, na sexta-feira, apelou a Israel para “implementar totalmente” uma decisão do Tribunal Internacional de Justiça sobre o ataque israelita na sitiada Faixa de Gaza, informa a Agência Anadolu.

“A Bélgica toma nota da ordem do Tribunal Internacional de Justiça sobre o pedido de indicação de medidas provisórias. Apelamos a Israel para que implemente integralmente as medidas provisórias da ordem do Tribunal”, disse o primeiro-ministro, Alexander De Croo, numa declaração no X.

De Croo disse que a Bélgica continuará a “acompanhar de perto” os procedimentos do TIJ.

“Entretanto, apelamos a todas as partes no conflito em Gaza para que respeitem um cessar-fogo imediato, respeitem o Direito Humanitário Internacional e concedam acesso humanitário permanente e desimpedido, para que todos os reféns sejam imediata e incondicionalmente libertados e trabalhem em prol de dois Estados. solução”, acrescentou.

O ministro das Relações Exteriores belga, Hadja Lahbib, disse no X: “Em todo conflito, existem regras. O direito internacional deve ser respeitado.”

“A Bélgica apoia o Tribunal (superior da ONU) e apela à plena implementação das medidas provisórias do Tribunal”, acrescentou.

LEIA: Tribunal de Haia cobra medidas imediatas de Israel, mas não impõe cessar-fogo

A Ministra Belga da Cooperação para o Desenvolvimento, Caroline Gennez, também saudou as decisões do Tribunal e instou Israel a permitir ajuda “humanitária sem entraves” em Gaza.

“Usar a fome como arma é um crime de guerra”, sublinhou.

A África do Sul apresentou um caso de genocídio contra Israel ao TIJ no final do mês passado e pediu-lhe que concedesse medidas de emergência para pôr fim ao derramamento de sangue em Gaza, onde mais de 26 mil palestinianos foram mortos desde 7 de Outubro.

O Tribunal Internacional de Justiça ordenou que Israel tomasse “todas as medidas ao seu alcance” para evitar actos de genocídio em Gaza, mas não conseguiu ordenar um cessar-fogo.

O Tribunal também ordenou que Israel tomasse medidas imediatas e eficazes para permitir a prestação de serviços básicos e assistência humanitária urgentemente necessários na Faixa de Gaza.

LEIA: Grupo pró-Palestina alerta Londres sobre ‘implicações sísmicas’ da decisão de Haia

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