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66% dos palestinos de Gaza sofrem de doenças transmitidas pela água

Palestinos de Rafah em busca de água, no sul de Gaza, em 8 de janeiro de 2024 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

Cerca de 66% dos palestinos de Gaza sofrem de doenças transmitidas pela água, como cólera, difteria e viroses intestinais, devido à falta de água potável e fechamento de todas as usinas de dessalinização no território sitiado, sob os bombardeios de Israel.

A estimativa foi emitida nesta quinta-feira (25) pela Autoridade de Qualidade Ambiental (AQA).

Conforme o alerta, os ataques israelenses à rede de saneamento e esgoto causaram inundação dos canos e levaram a uma catástrofe sanitária e ambiental.

A AQA confirmou que a ofensiva matou ainda 50 mil árvores, além de passar com tratores sobre milhares de acres de terras agrárias, incluindo jardins e pomares, causando desertificação, perda da biodiversidade, degradação da qualidade do solo e aumento nas emissões de carbono.

O comunicado reiterou que é fundamental expor os crimes de ecocídio cometidos pelo exército da ocupação israelense, com impacto grave às mudanças climáticas em toda a região.

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Israel mantém ataques a Gaza desde outubro, com 26.083 mortos e 64.478 feridos, na maioria, mulheres e crianças. Cerca de 60% da infraestrutura civil foi destruída, deixando dois milhões de desabrigados, aglomerados em abrigos e tendas sem acesso a água ou comida.

Hospitais e rotas de fuga não foram poupados.

Ao promover o cerco absoluto contra o território costeiro — sem comida, água, eletricidade ou insumos médicos —, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de habitantes do enclave como “animais humanos”.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

 

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