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Delegação do Hamas viaja a Moscou para discussões políticas

Vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov, em Moscou, em 15 de abril de 2021 [Ministério de Relações Exteriores da Rússia/Agência Anadolu]
Vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov, em Moscou, em 15 de abril de 2021 [Ministério de Relações Exteriores da Rússia/Agência Anadolu]

Uma delegação sênior do movimento palestino Hamas se encontrou com o enviado especial do presidente russo, Vladimir Putin, na cidade de Moscou, para conduzir discussões políticas sobre como obter um cessar-fogo na Faixa de Gaza sitiada.

Em declaração à imprensa, observou o gabinete político do Hamas nesta sexta-feira (19): “Uma delegação, liderada por Moussa Abu Marzouk, chefe de relações internacionais do movimento, encontrou-se com o vice-chanceler e enviado especial do presidente russo para África e Oriente Médio, Mikhail Bogdanov, na sede do Ministério de Relações Exteriores em Moscou”.

A delegação incluiu Basem Naim, membro do gabinete político e representante do movimento palestino em Moscou.

Conforme o comunicado, a liderança do Hamas concentrou-se em consultas políticas junto ao Kremlin, com objetivo de encerrar o genocídio em Gaza e reforçar posicionamentos sobre uma eventual troca de prisioneiros.

Segundo a delegação: “Os crimes da ocupação sionista e seu comportamento contra nosso povo e as nações da região impõem grave ameaça à paz e segurança internacional”

“Reiteramos o direito do povo palestino de obter liberdade e retorno, assim como o direito de resistir à ocupação colonial sionista de todas as formas possíveis”, acrescentou.

“O sr. Bogdanov”, prosseguiu o relato, “expressou a posição de seu país em apoio aos direitos do povo palestino, assim como esforços, junto às partes relevantes para chegar a um cessar-fogo. A delegação exalta os esforços diplomáticos e a ajuda humanitária da Rússia ao povo de Gaza”.

Israel mantém ataques por ar e terra contra a Faixa de Gaza há três meses, após uma operação transfronteiriça do braço militar do Hamas que capturou colonos e soldados.

O governo em Tel Aviv justifica suas ações pela libertação dos reféns, mas recusa uma troca de prisioneiros e mantém bombardeios indiscriminados.

Entre os palestinos de Gaza, são 25 mil mortos, 60 mil feridos e dois milhões de desabrigados — a maioria das vítimas são mulheres e crianças.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

LEIA: ‘Hamas não pode ser eliminado, nem agora, nem no futuro’, afirma ex-oficial israelense

 

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