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Comunidade árabe-britânica pede apoio global a denúncia sul-africana sobre Gaza

Tribunal de Justiça Internacional, em Haia, 27 de janeiro de 2014 [Bas Czerwinski/AFP via Getty Images]

A Organização Árabe para os Direitos Humanos no Reino Unido (AOHR-UK) instou os estados signatários da Convenção sobre Genocídio de 1948 a se juntarem ao caso apresentado pela África do Sul contra Israel perante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ).

Em nota divulgada nesta terça-feira (9), declarou a AOHR:

“Prevenir e punir o crime de genocídio é uma responsabilidade de todos os países do mundo, sobretudo porque Israel continua a matar com fome e armas e deslocar os civis de Gaza há 95 dias, ao destruir suas casas e seus hospitais e condenar milhares de doentes e feridos a uma morte lenta”.

A entidade descreveu a situação em Gaza como “catástrofe humanitária sem precedentes” e reiterou que os ataques sistemáticos à infraestrutura local, incluindo hospitais, e a proibição de entrada de assistência humanitária “demonstram claramente uma estratégia deliberada para exterminar a população”.

O TIJ deve realizar audiências sobre a denúncia sul-africana na quinta e sexta-feira, 11 e 12 de janeiro.

Bolívia, Turquia e Jordânia declararam apoio aos esforços por justiça da África do Sul.

LEIA: Israel impõe fome a 2.2 milhões de palestinos em Gaza, alerta ong B’Tselem

Segundo a AOHR, trata-se de “uma enorme oportunidade para a comunidade internacional provar seu compromisso com a Convenção sobre Genocídio”.

A entidade advertiu ainda que “as pessoas perderam a crença nas convenções de direitos humanos ou na capacidade das agências da Nações Unidas de implementá-las”.

A Organização das Nações Unidas (ONU) permanece incapaz de contornar o poder de veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança, para aprovar um cessar-fogo efetivo em Gaza e permitir medidas de responsabilização às ações de Israel.

Gaza permanece sob ataques indiscriminados de Israel há três meses, com mais de 23 mil mortos e quase 60 mil feridos, além de 2.2 milhões de desabrigados. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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