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Ataques israelenses matam 14, maioria crianças, em ‘zona humanitária’ de Gaza

Feridos, incluindo crianças, chegam no Hospital dos Mártires de al-Aqsa após ataque israelense ao campo de refugiados de al-Maghazi, em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, em 3 de janeiro de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

Catorze pessoas, a maioria crianças com menos de dez anos, foram mortas por ataques aéreos israelenses perto de al-Mawasi, na manhã desta sexta-feira (5), em uma área designada “zona humanitária” pelas autoridades ocupantes, para onde civis foram instruídos a fugir.

As informações foram corroboradas pela ong Save the Children.

Forças israelenses emitiram diversas “ordens de evacuação” desde 7 de outubro, ao orientar os civis a se reassentar em três áreas no sul de Gaza — Khan Yunis, Rafah e al-Mawasi. As três, no entanto, se tornaram alvos de Israel, apesar da altíssima densidade demográfica.

“Não posso destacar o bastante: não há lugar seguro em Gaza”, reafirmou Jason Lee, diretor da ong Save the Children para os territórios ocupados. “Porém, sob o direito internacional deveria haver. Abrigos, escolas, hospitais e chamadas ‘zonas seguras’ não deveriam ser convertidos em campos de batalha. Ainda assim, Gaza foi destruída”.

Segundo Lee:

Tais ordens de realocação oferecem nada mais que uma cortina de fumaça. Se as pessoas ficam, são mortas. Se vão embora, são mortas. As pessoas enfrentam a ‘escolha’ entre uma sentença de morte e outra.

Israel mantém ataques implacáveis a Gaza há três meses, deixando ao menos 22.400 mortos e 57.614 feridos — 70% dos quais mulheres e crianças.

LEIA: Crianças em Gaza não estão apenas feridas, elas estão perdendo tudo, diz UNICEF

“Líderes globais devem assegurar um cessar-fogo definitivo já”, observou Lee. “A cada hora que passa, outra criança paga o preço com suas vidas e seu futuro por uma série de políticas falidas. Até que haja um cessar-fogo, não haverá lugar seguro na Faixa de Gaza”.

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