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TIJ marca audiência sobre genocídio em Gaza para 11 e 12 de janeiro

Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) em Haia, na Holanda, em 23 de julho de 2018 [Abdullah Asiran/Agência Anadolu]

O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) marcou para quinta e sexta-feira da próxima semana, 11 e 12 de janeiro, as primeiras audiências públicas sobre a denúncia da África da Sul referentes ao crime de genocídio perpetrado por Israel na Faixa de Gaza sitiada.

As datas foram confirmadas em nota nesta quarta-feira (3).

Na sexta-feira passada, 29 de dezembro, o governo sul-africano requisitou da corte superior das Nações Unidas a emissão de um mandado urgente declarando que Israel viola suas obrigações conforme a Convenção sobre Genocídio de 1948, ao invadir Gaza sob o pretexto de combater o movimento Hamas.

Israel prometeu comparecer ao tribunal para contestar as acusações.

Segundo a rede Axios, o advogado Alan Dershowitz está cotado para liderar a defesa israelense. Dershowitz é conhecido por defender o pedófilo Jeffrey Epstein, o estuprador em série Harvey Weinstein e o ex-presidente americano Donald Trump.

LEIA:Guerra de Israel em Gaza ‘faz parte do ataque para acabar com o povo palestino como nação’, diz embaixdor

O argumento de Dershowitz deve recorrer à difamação de antissemitismo para tentar contrapor denúncias legítimas sobre as violações israelenses e impedir, portanto, a responsabilização do Estado colonial sionista.

Após as audiências, a corte internacional costuma levar uma ou duas semanas para deferir um veredito sobre medidas emergenciais.

O veredito é definitivo, mas não há mecanismos para aplicá-lo.

Israel mantém ataques implacáveis contra Gaza desde 7 de outubro, deixando 22.185 mortos e quase 58 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. Os massacres israelenses deixaram Gaza em ruínas, sob profunda crise humanitária.

Cerca de 60% da infraestrutura local foi destruída ou danificada, em meio a um cerco absoluto imposto por Israel que priva os habitantes carentes de luz, água, comida e medicamentos.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

 

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