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Israel destruiu mais de 200 sítios arqueológicos em Gaza, alerta relatório

Ruínas da Mesquita Sheikh Zayed al-Nahyan, após bombardeio israelense à Cidade de Gaza, em 4 de novembro de 2023 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]
Ruínas da Mesquita Sheikh Zayed al-Nahyan, após bombardeio israelense à Cidade de Gaza, em 4 de novembro de 2023 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

O exército israelense destruiu mais de 200 sítios arqueológicos e monumentos históricos dos 325 registrados em Gaza, desde o início de uma brutal ofensiva ao território sitiado em 7 de outubro, reportaram autoridades locais nesta sexta-feira (29).

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Segundo o gabinete de imprensa do governo em Gaza, entre os alvos estão escolas, igrejas, mesquitas e museus, entre outras localidades de pesquisa.

“Os sítios antigos e arqueológicos destruídos pelo exército [israelense] datam dos períodos romanas e fenícios, outros datam do período entre 800 a.C. e 1400 d.C., outros têm quatro séculos de história”, prosseguiu a nota.

A Grande Mesquita Omari, a Igreja Bizantina de Jabaliya, o Santuário de al-Khadir em Deir al-Balah e o cemitério bizantino de Blakhiya (Antedon da Palestina), a noroeste da Cidade de Gaza, estão entre os patrimônios destruídos.

Outros pontos gravemente danificados incluem a Igreja Greco-ortodoxa de Santo Porfírio, a Câmara al-Saqqa de 400 anos e a Mesquita Sayed al-Hashim, uma das mais antigas de Gaza.

O Monitor Euromediterrâneo, grupo de direitos humanos sediado em Genebra, disse em 20 de novembro que Israel alvejou deliberadamente diversos monumentos em Gaza, ao manter como “alvo explícito” o patrimônio cultural palestino.

A prática é condizente com esforços de memoricídio, comuns a investidas coloniais ao longo da história.

Gaza é uma região milenar, que chegou a substituir as cidades de Atenas e Alexandria como centro de cultura e retórica na Antiguidade Clássica, e que sobreviveu a sucessivos impérios, incluindo faraós, macedônios, romanos, bizantinos, cruzados, otomanos, entre outros.

Israel mantém uma ofensiva brutal contra a Faixa de Gaza desde 7 de outubro, deixando ao menos 21.672 mortos, 56.165 feridos e dois milhões de desabrigados. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.

Nas últimas 24 horas, ao menos 165 palestinos foram mortos por bombardeios de Israel.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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