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Puma decide encerrar patrocínio a seleção de futebol de Israel

Protesto por boicote à fabricante de artigos esportivos Puma, em Londres [Campanha de Solidariedade Palestina]

A Puma decidiu encerrar seu patrocínio da seleção nacional de futebol de Israel no próximo ano, declarou um porta-voz da da fabricante alemã de artigos esportivos nesta terça-feira (12).

As informações são da agência de notícias Reuters.

“Duas novas equipes parceiras serão anunciadas em breve, mas contratos de algumas federações, como Israel e Sérvia, se encerram em 2024”, informou o porta-voz ao alegar “uma nova estratégia de menos é mais”, conforme decisões supostamente tomadas há dois anos.

Ativistas pedem boicote à Puma por seu patrocínio à seleção israelense devido à ocupação na Palestina. Os apelos se intensificaram com o genocídio em Gaza, afetando outras companhias e produtos, como o Starbucks. A Puma patrocina a Federação Israelense de Futebol (IFA) desde 2018.

Um grupo de 200 agremiações esportivas palestinas pediu à Puma o fim do contrato, ao reiterou que o acordo “legitima internacionalmente os assentamentos ilegais israelenses” e “ajuda encobrir abusos de direitos humanos”, incluindo agressões diárias contra atletas e cidadãos comuns.

LEIA: Israel ‘replica os mesmos crimes’ da Nakba de 1948, reporta Monitor Euromediterrâneo

Conforme a Campanha de Solidariedade Palestina (PSC), com sede no Reino Unido, a Puma já perdeu milhões de libras devido à pressão por boicote. Há anos, ativistas realizam piquetes, atos e vigílias em frente a lojas e em eventos com participação da empresa.

“A decisão da Puma é uma importante vitória que demonstra o poder da solidariedade”, explicou Ben Jamal, diretor da PSC. “Enviamos a todas as corporações uma poderosa mensagem: caso você escolha ser cúmplice do apartheid israelense, enfrentará a força da solidariedade”.

“Continuaremos a avançar com nossas campanhas de BDS [Boicote, Desinvestimento e Sanções] contra bancos como Barclays e outras corporações cúmplices do regime de apartheid israelense”, acrescentou.

Israel mantém bombardeios intensos contra Gaza há 67 dias, com apoio dos Estados Unidos e de Estados europeus. A ofensiva por terra agravou os danos à infraestrutura civil, culminando em fome generalizada e epidemias, em meio a um dos maiores massacres da histórica recente.

O Ministério da Saúde em Gaza atualizou as baixas nesta segunda-feira (11): 18.205 mortos e 49.645 feridos pelos ataques israelenses. Setenta porcento das vítimas são mulheres e crianças. Milhares de pessoas, no entanto, continuam desaparecidas sob os escombros – provavelmente mortas.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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