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Brigadas al-Qassam reportam destruir 180 veículos israelenses em dez dias

11 de dezembro de 2023, às 16h21

Bombardeio israelense ao bairro de Shuja’iyya em Gaza, visto do assentamento israelense de Nahal Oz, em 9 de dezembro de 2023 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Abu Obeida, porta-voz das Brigadas al-Qassam, braço armado do grupo Hamas, reportou que as forças de resistência destruíram 180 veículos militares israelenses em dez dias, isto é, no período desde o fim da trégua de sete dias para troca de prisioneiros.

Abu Obeida divulgou um pronunciamento gravado confirmando uma série de operações qualitativas contra a ocupação israelense em Gaza.

“Nossas ações resultaram em um grande número de baixas e feridos entre as forças ocupantes”, declarou Abu Obeida.

Sobre os prisioneiros de guerra ainda mantidos no território costeiro – em boa parte, militares –, Abu Obeida reafirmou: “Ninguém conseguirá levá-los sem negociação, conforme condições da resistência. Tudo que a agressão conseguiu até então é destruição indiscriminada”.

Israel mantém violentos bombardeios a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação transfronteiriça do Hamas.

O jornal israelense Haaretz reportou subnotificação das baixas israelenses, ao comparar índices filtrados pelo exército ocupante com registros médicos. Calcula-se dez mil feridos – dentre os quais, oito mil com ferimentos leves, e 130 mortos.

LEIA: Israel mente sobre número de soldados feridos, reporta Haaretz

Os números – subnotificados ou não – contrastam drasticamente com as baixas em Gaza. O Ministério da Saúde do território costeiro calcula quase 18 mil mortos e 50 mil feridos, sobretudo civis – 70% dos quais mulheres e crianças.

Conforme o Monitor de Direitos Humanos Euromediterrâneo, o número de mortos em Gaza chega a 23.012 vítimas, dentre os quais 9.077 crianças. Milhares continuam desaparecidos sob os escombros, provavelmente mortos.

Israel mantém violentos bombardeios a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação transfronteiriça do grupo Hamas.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.