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Israel aprova construção de 1.738 unidades coloniais em Jerusalém ocupada

Mapa da ong Peace Now mostra áreas reservadas à construção de unidades de assentamentos ilegais em Jerusalém Oriental ocupada, segregando bairros palestinos [Peace Now/Reprodução]

O governo de Israel aprovou a construção de 1.738 unidades coloniais na região sudeste da Jerusalém ocupada, reportou a ong israelense Peace Now.

Em comunicado publicado em seu website, a Peace Now alertou que a decisão israelense “efetivamente sela o último corredor remanescente que conecta os bairros palestinos de Beit Safafa e Sharafat com o restante de Jerusalém Oriental”.

O plano, aprovado em 29 de novembro, inclui 1.230 unidades residenciais, 262 unidades habitacionais especiais e 246 pequenas unidades de apartamentos, detalhou a nota.

“Embora cerca de metade da área do plano esteja além da Linha Verde, e cerca de metade esteja dentro da Linha Verde, sua localização estratégica entre os bairros de Givat Hamatos e Har Homa a torna particularmente problemática do ponto de vista político”, explicou a ong.

Segundo o comunicado:

Este plano representa um desafio significativo a qualquer possibilidade de criar um continuum urbano palestino em Jerusalém Oriental e obstrui quase todas as conexões urbanas entre Belém e Jerusalém Oriental.

A ong observou também que o governo israelense aprovou o plano no contexto do genocídio que incide sobre Gaza.

“A discussão sobre o projeto para a construção de um novo bairro em Jerusalém Oriental durante o conflito de Gaza se alinha com a tendência mais ampla de avançar planos em Jerusalém Oriental sob o verniz de iniciativas em tempo de guerra”, acrescentou.

Segundo o direito internacional e resoluções das Nações Unidas, todos os assentamentos em territórios ocupados são absolutamente ilegais. Muitos países e grupos de direitos advertem que os assentamentos israelenses servem de obstáculo ao estabelecimento de um Estado palestino.

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