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OMS relata piora da situação “a cada hora” na Faixa de Gaza

Uma pessoa ferida é retirada entre os escombros enquanto a equipe de defesa civil e os residentes apagam o fogo e conduzem uma operação de busca e resgate entre os escombros dos edifícios após um ataque israelense em Deir al-Balah, Gaza em 05 de dezembro de 2023.[Ashraf Amra/Agência Anadolu]

A Organização Mundial da Saúde, OMS, declarou que “a situação está piorando a cada hora” na Faixa de Gaza devido aos confrontos.

De acordo com o representante do Escritório da agência para a Cisjordânia e Gaza, Rik Peeperkorn, os bombardeios estão mais intensos em todas as áreas, inclusive nas do sul como Khan Yunis e Rafah.

Mortes e deslocados

Pelo menos 15,9 mil palestinos morreram desde 7 de outubro.  No total, 1,2 mil pessoas perderam a vida em Israel, sendo que 80 soldados foram mortos em Gaza.

Falando de Rafah, o representante Rik Peeperkorn  citou estimativas apontando que cerca de 1,8 milhão de pessoas, ou quase 80% da população de Gaza, vivem como deslocados internos.

O representante da OMS ressaltou que, em média, uma criança perde a vida a cada 10 minutos em Gaza.

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Nos últimos dias, o deslocamento tem aumentado na chamada área intermediária e nas regiões do sul, em direção a pontos mais a sul.

Já o porta-voz do Fundo da ONU para a Infância, Unicef, falou a jornalistas a partir do Cairo e indicou que o direito humanitário internacional obriga os militares a “tomar todas as medidas possíveis” para proteger os civis.

Água abrigo e saneamento

James Elder considerou inaceitável que seja declarado unilateralmente que pessoas deveriam seguir para as “chamadas zonas seguras” onde disse haver “prédios semiconstruídos” sem água, abrigo ou saneamento.

A Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, disse terem morrido 130 funcionários durante o conflito.

Para o representante regional da OMS, o mundo vive um momento sombrio com o conflito em Gaza. Ele pediu o fim dos bombardeamentos e que as partes envolvidas concordem com um cessar-fogo sustentado.

A maior preocupação da agência é com a vulnerabilidade da infraestrutura de saúde em meio a um sistema paralisado. Nenhuma instalação de atendimento funciona no norte de Gaza.

O hospital Al-Ahly, em grande parte, está completamente superlotado e funciona como centro de trauma. Além da falta de leitos, muitas pessoas buscam abrigo nas instalações hospitalares, segundo o funcionário da OMS.

As populações que fazem o movimento para o extremo sul de Gaza também apresentam diversas doenças infecciosas.

Publicado originalmente em ONU News

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