Neste sábado (18), o exército israelense bombardeou outra escola filiada à Organização das Nações Unidas (ONU) no norte de Gaza, onde milhares de civis deslocados pelos massacres estavam abrigados. Dezenas de pessoas morreram e outras ficaram feridas.
Fontes médicas reportam dificuldades em remover os corpos dos escombros e transferir os feridos a centros médicos operacionais.
O ataque incidiu contra o Colégio al-Fakhoura, em Jabaliya, norte de Gaza, administrado pela Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).
Segundo testemunhas, “os corpos cobrem os corredores”.
Mais cedo, o Ministério de Relações Exteriores palestino reportou que o exército ocupante “está cometendo massacres em Gaza, o mais recente no Colégio al-Fakhoura.”
Em nota enviada à agência de notícias Anadolu, destacou a pasta: “Condenamos nos termos mais veementes os sucessivos massacres cometidos pelas forças da ocupação contra os civis palestinos de Gaza, o último dos quais a hedionda chacina em al-Fakhoura, escola lotada de pessoas deslocadas à força”
“Consideramos este incidente uma nova evidência de que Israel declarou guerra aos civis palestinos, a fim de esvaziar a área de qualquer presença nativa”, acrescentou.
“Com este massacre, contra uma escola da UNRWA, a ocupação insulta as Nações Unidas e toda a comunidade internacional e demonstra menosprezo a todos os apelos pela proteção da população civil”, concluiu o comunicado.
Israel mantém bombardeios a Gaza desde 7 de outubro, deixando mais de 12 mil mortos, incluindo 4.710 crianças e 3.160 mulheres, além de 30 mil feridos. Mais de 3.500 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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