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Israel deve cessar avanço ao sul de Gaza, reafirma ONU

Vítimas dos bombardeios israelenses são retiradas do necrotério do Hospital Indonésio para sepultamento, no distrito de Jabaliya, Cidade de Gaza, em 15 de novembro de 2023 [Ahmed Alarini/Agência Anadolu]

O Alto-comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos reafirmou nesta sexta-feira (17) que Israel deve “parar” com seus ataques contra Gaza, ao assumir um cessar-fogo, em particular diante de sinais de avanço rumo ao sul do território costeiro.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Jeremy Laurence, porta-voz da agência, afirmou que a lei humanitária internacional deve ser prioridade. “Portanto, a proteção a civis, suas propriedades, sua subsistência, tudo isso deve vir em primeiro lugar”.

“Se estão avançando ao sul de Gaza, o chamado sobretudo é que apenas parem”, destacou Laurence. “Este cessar-fogo tem de acontecer”, prosseguiu, ao descrever a mortalidade em Gaza como “loucura”.

“Há apenas uma solução: um cessar-fogo”.

Laurence advertiu que a expansão das operações militares ao sul de Gaza agravaria a crise, em uma área já densamente povoada, devido à evacuação à força dos palestinos do norte, sob ameaça dos bombardeios de Israel.

“A proteção a civis é fundamental”, acrescentou.

Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios intensos contra a Faixa de Gaza, deixando 11.500 mortos, incluindo 4.710 crianças e 3.160 mulheres, e 30 mil feridos. Ao menos 3.500 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.

Milhares de prédios, incluindo hospitais, escolas, mesquitas, igrejas e abrigos foram danificados ou destruídos.

Israel impôs ainda um cerco absoluto a Gaza — sem comida, água, eletricidade ou combustível. Ao promover suas ações, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os 2.4 milhões de habitantes de Gaza como “animais”.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

LEIA: Israel recusa visita de chefe de direitos humanos da ONU

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