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Os massacres de Israel contra os deslocados são uma “vergonha para a humanidade”, afirma Hamas

Chefe de Relações Exteriores do Hamas, Khaled Meshaal [Houssam Shbaro/Agência Anadolu via Getty Images]

O grupo palestino Hamas descreveu, na sexta-feira (10), o ataque a civis que fugiam do norte de Gaza para o sul, devido aos bombardeios contínuos, como “ações criminosas e fascistas” e uma “vergonha para a humanidade”.

As observações foram feitas em uma declaração do movimento no Telegram, depois que o Ministério do Interior e da Segurança Nacional na Faixa de Gaza confirmou que houve mortes e ferimentos como resultado do exército israelense visando palestinos deslocados no Vale de Gaza enquanto eles estavam indo para o sul.

O movimento acrescentou: “Os massacres da ocupação contra os deslocados que viajam pela rua Salah Al-Din e pela escola Al-Buraq são uma desgraça e não vão acabar com nosso povo”.

O movimento considerou que “o fato de a ocupação ter matado mais de 50 pessoas nesses massacres e de continuar cometendo mais crimes diante dos olhos do mundo envergonha a comunidade internacional e a humanidade como um todo”.

O Hamas revelou o número de vítimas do bombardeio israelense na rua Salah Al-Din e na escola Al-Buraq em sua declaração. O Ministério da Saúde ou do Interior da Faixa de Gaza ainda não emitiram nenhuma declaração oficial sobre o número final de vítimas desses dois bombardeios.

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Essa não é a primeira vez que pessoas deslocadas do norte da Faixa de Gaza em direção ao sul são submetidas a bombardeios israelenses enquanto viajam pelos corredores anunciados por Israel.

Na última segunda-feira, o escritório de mídia do governo na Faixa de Gaza informou que havia corpos de centenas de palestinos deslocados nas estradas que Israel havia declarado “seguras” em direção ao sul da faixa.

“Recebemos dezenas de relatórios e apelos sobre a presença de centenas de corpos nas ruas em diferentes áreas da Cidade de Gaza que tentaram passar pela suposta passagem segura e que tentaram se refugiar dos ataques na noite passada (domingo/segunda-feira)”, disse o movimento no Telegram.

Isso aconteceu depois que o porta-voz do exército israelense, Avichay Adraee, renovou sua advertência à população de Gaza e pediu que se dirigissem ao sul “para sua segurança”.

Há 35 dias, o exército israelense vem travando uma guerra contra Gaza, durante a qual destruiu bairros residenciais, matando 11.78 palestinos, incluindo 4.506 crianças, 3.027 mulheres e 678 idosos, e ferindo mais de 26.000. Isso se soma à morte de 183 palestinos e às prisões de 2.280 na Cisjordânia, de acordo com fontes oficiais.

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