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Mortes em Gaza são ‘muito maiores do que se diz’, alerta diplomata dos EUA

Corpos se acumulam no Hospital al-Najjar, após sucessivos bombardeios de Israel, na região de Rafah, na Faixa de Gaza, em 17 de outubro de 2023 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

Apesar das estimativas chocantes de mais de dez mil mortos entre os palestinos de Gaza desde 7 de outubro, devido aos bombardeios ininterruptos de Israel, o número pode ser  “muito maior do que se diz”, confirmou nesta quarta-feira (8) Barbara Leaf, assessora do Departamento de Estado para Assuntos do Oriente Próximo.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Os alertas da diplomata — ao contrastar com a retórica belicista do presidente Joe Biden — se deram em depoimento ao Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

“Neste período de conflito e nas atuais condições de guerra, é muito difícil para qualquer um de nós avaliarmos qual o verdadeiro índice de baixas”, comentou Leaf. “Imaginamos que seja muito alto e, francamente, pode ser mesmo mais alto do que se diz”.

“Saberemos apenas com o calar das armas”, prosseguiu Leaf, ao reiterar “uma variedade de fontes que estão em campo”.

“Não podemos determinar um número exato, e é muito provável que seja mais alto do que podemos reportar”.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, são mais de 10.812 civis mortos, incluindo 4.412 crianças, 2.916 mulheres e 676 idosos, até então.

Biden previamente pôs em dúvida os números apresentados pelo Ministério da Saúde de Gaza, apesar das fontes serem corroboradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por seu próprio Departamento de Estado.

Em resposta, a pasta divulgou uma lista completa com o nome das vítimas.

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