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Ataque israelense a escola da ONU em Gaza mata dezenas

Palestinos lamentam seus mortos após bombardeio israelense a Rafah, no Hospital al-Najjar, na Faixa de Gaza, em 17 de outubro de 2023 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

Dezenas de civis foram mortos e muitos outros ficaram feridos por um ataque lançado por Israel contra uma escola da Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) na parte oeste de Gaza, na manhã desta quarta-feira (8).

A instalação civil fornecia abrigo a milhares de pessoas deslocadas pelos bombardeios, reportou a agência de notícias Wafa.

Devido aos disparos ininterruptos contra a periferia oeste da Cidade de Gaza, perto da junção de al-Asar, ambulâncias não conseguiram chegar ao local.

Nesta terça-feira (7), a ministra da Saúde de Gaza, Mai al-Kaila, reafirmou a apreensão das autoridades sobre a escalada contra os serviços de saúde de Gaza.

Al-Kaila emitiu um alerta sobre disparos deliberados de Israel contra hospitais e arredores, pondo em risco pacientes, médicos e deslocados. Segundo seu informe, devido à escassez crítica de recursos médicos e combustível, sob cerco e ataque israelense, ao menos 16 dos 35 hospitais de Gaza já deixaram de funcionar.

Equipes da defesa civil carecem de maquinário para resgatar as pessoas sob os escombros.

Israel cortou o acesso a água, comida, remédios, eletricidade e combustível aos 2.4 milhões de palestinos de Gaza — metade dos quais, crianças. Ao promover suas ações, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, descreveu os palestinos como “animais”.

Entre 7 de outubro e 7 de novembro, Israel matou ao menos 10.328 pessoas, entre as quais 4.237 crianças e 2.719 mulheres, além de dezenas de milhares de feridos e outras milhares sob os escombros — provavelmente mortas. Ao menos 1.270 crianças estão desaparecidas.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

LEIA: O genocídio palestino e palavras que matam

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