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Bases dos EUA na Síria e Iraque são atacadas 38 vezes em um mês, afirma Pentágono

Brasão do Pentágono em Washington DC, 15 de agosto de 2023 [Celal Günes/Agência Anadolu]

Unidades dos Estados Unidos posicionadas na Síria e no Iraque foram atacadas 38 vezes em menos de um mês por supostos grupos ligados ao Irã, incluindo seis incidentes nos últimos dois dias, informou o Pentágono, como é conhecido o Departamento de Defesa americano, sediado em Arlington, Virgínia.

Conforme o relato, nesta segunda-feira (6), drones a caminho das bases Ain al-Assad, na província iraquiana de Anbar, e al-Tanf, na tríplice fronteira entre Síria, Iraque e Jordânia, foram abatidos.

A maioria dos ataques envolve foguetes e drones, com início em 17 de outubro — dez dias após Israel lançar sua campanha de extermínio contra Gaza, em retaliação a uma operação de resistência do grupo Hamas, que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados.

Nesta segunda, Pat Ryder, secretário de imprensa do Pentágono, afirmou que suas tropas em solo estrangeiro são “assediadas” pelos ataques, deixando 46 feridos — mais do que o dobro do índice reportado de 21 feridos em 25 de outubro.

“Os traumas abarcam estilhaços, cefaleias, tímpanos perfurados, zumbido nos ouvidos e torções nos tornozelos”, lamentou Ryder, ao alegar que seu governo tenta proteger suas tropas e “garantir que as coisas não incorram em uma escalada espiralante”.

Grupos de resistência no Iraque alertaram para eventuais ataques a bases americanas caso Washington intervenha diretamente na guerra contra o povo palestino.

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Todavia, reportou a CNN: “Em clara mensagem ao Irã e aliados na região, que podem buscar exacerbar ainda mais os eventos voláteis no Oriente Médio, Washington empregou poder de fogo considerável na região, incluindo dois grupos de porta-aviões, jatos combatentes F-15 e F-16 e cerca de 1.200 soldados, incluindo responsáveis por baterias de artilharia”.

O Comando Central dos Estados Unidos também remeteu um raro anúncio neste fim de semana, confirmando que um submarino militar chegou ao Oriente Médio.

Até então, diante dos supostos ataques, os Estados Unidos responderam militarmente somente uma vez, “deixando a gestão do presidente Joe Biden novamente vulnerável a acusações de fraqueza”, segundo a imprensa local.

Biden, que declarou apoio incondicional a Israel, se vê sob críticas de ambos os lados às vésperas do ano eleitoral: núcleos beligerantes e reacionários pedem maior intervenção, enquanto progressistas reivindicam um cessar-fogo.

Há aproximadamente 2.500 soldados americanos no Iraque e outros 900 posicionados ilegalmente na Síria, sob pretexto de combater células do movimento terrorista Daesh (Estado Islâmico), embora permaneçam de guarda em postos de petróleo do território levantino.

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