A médica Aleida Guevara, filha de Che Guevara, publicou uma mensagem aos palestinos afligidos pelos ataques de Israel. Em vídeo, a cubana criticou a demora da resposta dos países árabes, prestou solidariedade à Palestina e se disponibilizou para prover assistência humanitária no conflito.
“Eu sou médica, posso estar aí, devo estar aí. Contem comigo em qualquer momento. Quando quiserem, posso estar junto com vocês de verdade, não importa a vida, o que importa é que sejamos firmes e realmente solidários uns com os outros”, declarou ela.
Não posso falar apenas de amor e respeito. Também tenho que falar sobre força porque vocês, como povo palestino, hoje estão colocando em prática o que meu próprio povo diz: ‘Pátria ou morte’. Mas nossa palavra final é que venceremos e é isso que esperamos que vocês façam, vençam sempre. Adiante, irmãos! Até a vitória!
Críticas à Israel e aos países árabes
No vídeo, Aleida critica enfaticamente a atuação do Estado de Israel contra o povo palestino, no que foi descrito como “genocídio” por um diretor da Organização das Nações Unidas (ONU) em sua carta de renúncia. “Hoje, vocês estão se convertendo no pior da humanidade. […] Matar crianças, mulheres, idosos, bombardear hospitais. Quem já viu isso?”, indagou.
A pediatra também apontou a memória que restará de Israel no conflito: “É isso que querem para as novas gerações? É assim que querem que se lembre o mundo do povo de Israel e do povo judeu?”.
Nunca, jamais isso foi visto na história. Como vocês desejam ficar [na História] para as gerações futuras? Como querem ser lembrados pela humanidade?
Adelaide questiona a demora na resposta dos países árabes frente aos ataques de Israel à civis. “O que esperam? Estamos a quilômetros de distância, mas vocês estão aí. hoje é com Gaza, com a Palestina, mas amanhã, com quem será? Se permitem que Israel siga fazendo o que deseja, onde vai parar isso?”.
Para ela, o futuro da resolução do conflito é a união dos povos árabes na defesa “do seu sangue, sua cultura e sua vida”. A filha de Guevara finaliza com uma advertência sobre a lembrança que os palestinos e árabes devem ter: “Nunca se esqueçam do que está acontecendo”.
“Originalmente publico na Revista Fórum, em 1º de novembro de 2023″
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