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‘Estou apavorada’, diz menina de Gaza após bombardeio israelense

Crianças palestinas distribuem refeições providenciadas pela Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) em campo de refugiados improvisado sob bombardeios israelenses a Khan Yunis, na Faixa de Gaza, em 24 de outubro de 2023 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

Nadine Abdul Latif, menina palestina de apenas 12 anos, afirma não acreditar que ainda está viva, após um bombardeio israelense destruir sua casa na Cidade de Gaza. Nadine está agora abrigada no Hospital de al-Shifa, em meio a centenas de feridos.

“Tenho medo, estou apavorada”, disse Nadine à agência Anadolu.

Seus primos foram feridos pelo ataque.

“É um milagre que sobrevivemos, mas vivo com medo agora”, declarou a menina.

Israel realiza ataques contínuos contra Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação de resistência do movimento Hamas que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados. Ao menos 6.546 pessoas foram mortas por Israel, até então.

Os 2.4 milhões de habitantes de Gaza estão sem comida, água, remédios, combustível e energia elétrica, sob cerco absoluto de Israel.

Ao defender suas ações de punição coletiva, ilegais sob o direito internacional, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os palestinos de Gaza como “animais”.

“Queremos viver como qualquer outro povo”, destacou a menina. “Estamos cansados. Só queremos viver como qualquer criança no resto do mundo. Isso não é vida. Não tem lugar seguro, nem mesmo igrejas, mesquitas e hospitais”.

Segundo o gabinete de imprensa do governo em Gaza, cerca de 70% da população foi forçada a deixar suas casas.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reivindicou um imediato cessar-fogo humanitário, para atenuar o “épico sofrimento humano”.

LEIA: Bombas caem em Gaza, crianças se perguntam: por que nos matam?

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