Portuguese / English

Middle East Near You

Médico realiza cesariana em vítima dos bombardeios de Israel, salva bebê

Naji, bebê palestino salvo por uma cesariana de emergência, no Hospital Naser de Gaza, em outubro de 2023 [Reprodução/X]

Um bebê palestino foi salvo por uma cirurgia cesariana de emergência realizada por médicos do Hospital Naser de Gaza. A operação foi realizada na mãe assassinada por um bombardeio israelense ao território sitiado.

As informações são da agência de notícias Wafa.

A intervenção crítica tornou-se necessária quando Raneem Hijazi — em estágio avançado de gravidez — foi atingida e morta por um ataque aéreo israelense contra distritos civis de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

O dr. Asa’d al-Nawajha, do departamento de terapia intensiva do Hospital Naser, confirmou: “Vivemos uma história de tragédia humanitária sendo repetida dia após dia em Gaza, como resultado dos bombardeios israelenses”.

Raneem foi transportada ao Hospital Naser para preservar a vida de seu bebê. Após a cirurgia, o bebê foi posto em uma incubadora e permanece estável.

Raneem estava entre as quase um milhão de pessoas forçadas a deixar suas casas e buscar refúgio no norte de Gaza, reportou a agência de notícias Wafa.

ASSISTA: Crianças de Gaza chamam por suas mães

Cerca de 50 mil grávidas encontram dificuldades de acesso a cuidados de saúde devido aos ataques a instalações médicas.

Segundo o Ministério da Saúde, ao menos 130 bebês prematuros em incubadoras podem morrer em minutos, ao passo que o combustível dos geradores se esgota e Israel mantém todo o território sem energia elétrica.

Ao promover o cerco absoluto a Gaza — sem luz, água ou comida —, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os palestinos locais como “animais”.

O massacre em curso na Faixa de Gaza é retaliação à chamada Operação Tempestade de Al-Aqsa, ação de resistência do grupo Hamas que cruzou a fronteira por terra e capturou colonos e soldados, em 7 de outubro deste ano.

A ação decorreu de recordes de escalada colonial em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada, além de 17 anos de cerco militar a Gaza. Os ataques israelenses desde então equivalem a punição coletiva, genocídio e crime de guerra.

Ao menos 5.791 pessoas — dentre as quais, mais de duas mil crianças — foram mortas por Israel até então, além de mais de 15 mil feridos. Outros milhares continuam desaparecidos — provavelmente mortos — sob os escombros.

ASSISTA: ‘Eles mataram minha mãe, já não mataram o suficiente?’ 

Categorias
IsraelNotíciaOriente MédioPalestina
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments