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Exército israelense se vangloria de nova bomba testada em Gaza

Palestinos improvisam operações de busca e resgate nos escombros dos prédios destruídos pelos bombardeios israelenses a Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, em 22 de outubro de 2023 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

A Força Aérea Israelense confirmou neste domingo (22) ter utilizado uma nova bomba em seus ataques ininterruptos contra áreas civis da Faixa de Gaza sitiada, ao promover o novo produto como “Ferrão de Aço”.

Em vídeo compartilhado na rede social X (Twitter), celebrou o exército ocupante: “A Unidade Maglan, em colaboração com a Força Aérea, alvejou dezenas de terroristas [sic] usando uma variedade de armas, incluindo o preciso e inovador morteiro Ferrão de Aço”.

O vídeo — cuja autenticidade não pode ser verificada, devido ao uso de desinformação como tática de guerra pelas forças ocupantes— mostra um morteiro de calibre 120 mm atingindo um suposto lançador de foguetes.

Os novos mísseis foram desenvolvidos pela fabricante de armas Elbit Systems, anunciados pelo Ministério da Defesa e pela infantaria israelense em 2021.

Conforme o jornal israelense The Jerusalem Post, o morteiro foi projetado tanto para uso em terreno aberto quanto em ambientes urbanos, para ataques com precisão via GPS e laser, ao supostamente minimizar danos aos arredores do alvo.

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O morteiro tem alcance de 12 km e pode penetrar em concreto reforçado.

Em artigo publicado em 2021, o jornal Maariv celebrou o armamento por sua “precisão”, com desvio máximo de dez metros do alvo em 90% dos testes.

Ashraf al-Qudra, porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, reiterou à imprensa que equipes médicas notaram uso de armamentos não-convencionais por parte de Israel, deixando queimaduras graves a mortos e feridos.

Há indícios de que Israel usa armas químicas e outros equipamentos proibidos pelas regras de guerra.

Pelo 16° dia consecutivo, o exército da ocupação israelense alveja Gaza com ataques aéreos intensos, destruindo bairros inteiros.

Ao menos 4.651 palestinos foram mortos, incluindo ao menos 1.873 crianças e 1.023 mulheres, além de 14.245 feridos, segundo o Ministério da Saúde local. O número de desaparecidos sob os escombros — provavelmente mortos — é desconhecido.

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