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À mão armada, soldados israelenses expulsam palestinos de suas terras

Camponeses palestinos vigiados por soldados israelenses na Cisjordânia ocupada, em 18 de julho de 2023 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Camponeses palestinos foram expulsos de seus campos de oliveiras na aldeia de Iskaka, perto da cidade de Salfit, no norte da Cisjordânia ocupada, sob a mira de armas de fogo apontadas por soldados israelenses.

Segundo a agência de notícias Wafa, os soldados expulsaram três famílias de suas terras, para expandir o assentamento ilegal de Nehemiah. Há diversos relatos de colonos locais destruindo e expropriando árvores e terras na região.

As oliveiras representam a principal fonte de renda a milhares de lares palestinos. Colonos costumam atacá-la na época de colheita, para maximizar os danos.

Oliveiras — resistentes à seca e outras adversidades, dando frutos por centenas de anos — são também um símbolo da resiliência palestina e seu apego à terra, sob a brutal ocupação militar israelense.

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Tensões escalaram na Cisjordânia desde 7 de outubro, quando Israel lançou uma campanha de bombardeios ininterruptos contra Gaza em retaliação à chamada Operação Tempestade de Al-Aqsa, campanha de resistência do grupo Hamas que atravessou a fronteira e capturou soldados e colonos.

A ação de resistência decorreu de recordes de mortes na Cisjordânia, desde janeiro, nas mãos das forças ocupantes, além de 17 anos de cerco israelense contra Gaza e violações provocativas na Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada.

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