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Somalis saem às ruas de Mogadishu em solidariedade a Gaza

Protestos em solidariedade ao povo palestino em Mogadishu, capital da Somália, em 19 de outubro de 2023 [Abuukar Mohamed Muhidin/Agência Anadolu]

Residentes de Mogadishu, capital da Somália, tomaram as ruas nesta sexta-feira (20) em protesto contra os bombardeios israelense à Faixa de Gaza sitiada, reportou a agência de notícias Anadolu.

Manifestantes — incluindo jovens, mulheres e figuras religiosas — entoaram slogans pró-Palestina, dentre os quais: “Basta de crime de guerra”, “Palestina livre” e “Fim do genocídio a Gaza”.

Os protestos reivindicam o fim da campanha de punição coletiva e genocídio perpetrada pelas forças da ocupação israelense contra os 2.4 milhões de habitantes de Gaza.

Abshir Ahmed, estudante universitário que participou do ato, comentou à Anadolu que seu objetivo é “mostrar ao mundo que o sofrimento do povo palestino é também o sofrimento do povo somali”.

Asma Mohamed, residente do distrito de Hamarwayne, na capital, insistiu que o mundo precisa acordar para dar fim aos ataques contra civis em Gaza, além da brutal ocupação militar mantida por Israel sobre as terras da Palestina histórica.

“Atrocidades e crimes de guerra e lesa-humanidade são cometidos contra nossos irmãos e irmãs na Palestina pelos opressores de Israel, diante das câmeras da mídia internacional, e todos nós vimos o que está acontecendo”, declarou Asma.

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Na quarta-feira (18), o Ministério de Relações Exteriores da Somália fez coro à indignação global ao condenar um ataque aéreo israelense ao Hospital Baptista al-Ahli, na Cidade de Gaza, ao descrever o incidente como “crime de guerra”.

Ao menos 470 pessoas morreram, incluindo pacientes, médicos, crianças e refugiados que buscavam abrigo no local — outras 340 se feriram. Os números devem subir à medida que pedaços de corpos ainda são retirados dos escombros.

“O exército ocupante de Israel carrega plena responsabilidade”, destacou a chancelaria.

Gaza sofre bombardeios ininterruptos perpetrados por Israel desde 7 de outubro, além de uma escalada no cerco militar, em retaliação a uma operação de resistência do movimento Hamas que cruzou a fronteira e capturou soldados e colonos.

A campanha de resistência culminou de meses de violações israelenses em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada, além de 17 anos de cerco contra Gaza.

Sob cerco, o território vive uma crise humanitária severa — sem eletricidade, água, comida, combustível ou medicamentos. Ao promover os esforços de punição coletiva, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os palestinos como “animais”.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reivindicou um “imediato cessar-fogo humanitário” para mitigar o “épico sofrimento humano” da população.

Ao menos 4.137 palestinos foram mortos até então, incluindo 1.524 crianças e mil mulheres, além de aproximadamente dez mil feridos.

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