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As verdadeiras vítimas dos bombardeios de Israel: crianças

Desde o início dos ataques israelenses a Gaza, em 7 de outubro, a média de crianças mortas a cada dia chega a cem. Uma criança é morta a cada 15 minutos, reportam ongs. O impacto dos bombardeios à infância é devastador.

Dia após dia, cenas horríveis surgem da Faixa de Gaza sitiada, revelando a brutalidade da agressão em curso perpetrada por Israel. As maiores vítimas dos massacres ininterruptos são civis, sobretudo crianças, em flagrante violação da lei internacional.

Imagens de crianças e bebês mutilados, com traumas cranianos e mesmo em pedaços sob os escombros circulam online minuto a minuto, como resultado do terrorismo bárbaro do Estado de Israel contra os 2.4 milhões de palestinos em Gaza.

Hospitais, escolas, lugares de culto e bairros residenciais inteiros não são poupados. Cerca de 3.785 pessoas morreram — das quais, mil mulheres e 1.524 crianças.

Mísseis israelenses deixam traumas à vida toda, ao destruir, além de suas casas, sonhos e lembranças das crianças sob ocupação. Seu sofrimento é dobrado, não apenas pelo cerco que lhes cortou água, comida e luz, mas também pelo impacto psicológico.

Atacar civis — sobretudo crianças — infringe a Quarta Convenção de Genebra, como crime de guerra e lesa-humanidade. As ações são denunciadas como genocídio.

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Samir Zaqout, diretor-geral adjunto do Centro al-Mezan para Direitos Humanos, radicado em Gaza alerta que os massacres israelenses a Gaza contra civis “vão além da definição de crime de guerra, ao conduzir genocídio contra todos os seres humanos da região, com participação dos Estados Unidos, Alemanha, Itália e França”.

“No passado, recorremos à comunidade internacional e concluímos que esta é cúmplice da ocupação, ao aplicar dois pesos e duas medidas”, reiterou Zaqout. “Hoje, porém, parece se tratar descaradamente de um parceiro dos crimes contra nosso povo”.

Segundo o especialista palestino, Israel bombardeia deliberadamente as crianças de Gaza, sem qualquer objetivo militar claro, salvo terrorismo, ao intensificar o custo humanitário à população civil da faixa costeira.

“Este mundo é injusto e cúmplice dos crimes realizados contra o povo palestino, pois o que está acontecendo equivale nitidamente a crime de guerra e lesa-humanidade, assim como limpeza étnica e genocídio”, acrescentou Zaqout.

“A operação em Gaza terminará com a derrota israelense, pois tudo que estão fazendo não passa de um ato de vingança contra civis. A guerra vai acabar e descobriremos o quão frágil é o Estado da ocupação”.

Israel emprega todos os tipos de armamentos proibidos internacionalmente, incluindo fósforo branco e bombas de barril, para atacar impunemente civis palestinos em áreas densamente povoadas.

“Está claro que os 75 anos de impunidade e proteção contra qualquer responsabilização encorajou Israel a cometer todos os crimes que estã nos livros”, concluiu Zaqout.

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Palestina: quatro mil anos de história
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