Ataques de Israel deixam 120 mil deslocados em Gaza até então, reporta ONU

Mais de 120 mil palestinos voltaram a sofrer deslocamento interno na Faixa de Gaza devido ao violento bombardeio israelense ao território sitiado, confirmou em nota o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (OCHA) neste domingo (8).

“As hostilidades levaram ao deslocamento interno”, corroborou o comunicado. “Mais de 17.500 famílias, com mais de 123.538 pessoas, sofreram deslocamento interno em Gaza, sobretudo devido ao medo, preocupação com sua segurança e destruição de suas casas”.

“A UNRWA [Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina] estima que 73.538 pessoas estejam abrigadas em 64 escolas, algumas das quais designadas abrigos de emergência”, prosseguiu a agência.

Quatro das maiores torres residenciais de Gaza foram destruídas pelos ataques: Palestine, al-Hashim, al-Watan e al-Aklook. Suas unidades se somam a 159 casas destruídas e 1.210 gravemente danificadas até então, afirmou o Ministério de Habitação e Obras Públicas da administração em Gaza.

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Seis trabalhadores de saúde foram mortos e quatro ficaram feridos. Os ataques também danificaram sete clínicas e nove ambulâncias, reiterou a Organização das Nações Unidas: “Danos a instalações sanitárias afetam o fornecimento de serviços a 400 mil pessoas”.

Israel cortou a eletricidade ao território sitiado na noite de sábado (7). Os residentes de Gaza têm somente três ou quatro horas de luz por dia, sob violento bombardeio e sem acesso a bunkers ou outros abrigos abundantes do outro lado da fronteira.

“A usina de Gaza é atualmente a única fonte de energia e pode ficar sem combustível em questão de dias”, advertiu a ONU.

Palestinos em Jerusalém e na Cisjordânia também estão sob ataque. Segundo as Nações Unidas, treze pessoas, incluindo uma vítima de apenas 12 anos, foram mortas por forças israelenses nos territórios ocupados.

Outras 11 pessoas foram mortas durante manifestações pacíficas na Faixa de Gaza; outras 191 ficaram feridas.

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