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Ben-Gvir dá ‘opções’ a Netanyahu: restrições aos palestinos ou boicote ao governo

Ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, em Beersheba, em 25 de abril de 2023 [Gil Cohen-Magen/AFP via Getty Images]

O ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, afirmou nesta quarta-feira (13) que seu partido de ultradireita Otzma Yehudit (Poder Judeu) boicotará a coalizão de governo caso o premiê Benjamin Netanyahu não ceda a suas demandas para restringir ainda mais os direitos dos prisioneiros palestinos.

Nesta quarta, o gabinete de Netanyahu anunciou que não adotaria mudanças sobre “presos de segurança” até outubro, quando estão previstas discussões sobre a matéria.

“À luz das conversas do gabinete, compreende-se que a questão das visitações foi adiada, ao mitigar parte dos riscos de uma greve geral”, declararam fontes ao jornal Israel Hayom.

Ben-Gvir reagiu com hostilidade: “Toda vez é a mesma coisa, o Templo do Monte [Al-Aqsa], os prisioneiros e outras frentes. Não podemos tocar no assunto porque vai causar agitação, então as coisas continuam as mesmas”.

O jornal em hebraico Yedioth Ahronoth reportou na última semana que Ben-Gvir ordenou a redução de visitas familiares a presos palestinos da Cisjordânia ocupada de uma vez por mês a apenas uma vez a cada dois meses.

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Grupos que tratam da questão dos palestinos mantidos nas cadeias de Israel condenaram a medida. A Fundação Mohjat Al-Quds descreveu a ordem arbitrária de Ben-Gvir como “crime humanitário e escalada na guerra contra os prisioneiros”.

A Associação Wa’ed para Prisioneiros e Prisioneiros Libertos denunciou a determinação de Ben-Gvir como “extremamente racista, ao refletir sua insistência em promover uma escalada dentro das prisões”.

O Comitê de Emergência do Movimento Nacional dos Palestinos em Custódia anunciou uma greve de fome a partir desta quarta.

Em nota, o movimento de resistência Hamas, radicado em Gaza, rechaçou “a guerra aberta de Israel contra os palestinos nas cadeias da ocupação”.

“Apesar da guerra sem fim travada contra os palestinos detidos pelo regime israelense, sua força de vontade continua inabalada”, declarou Zaher Jabarin, membro do gabinete político do movimento Hamas.

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