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Exército israelense admite atirar em palestinos inocentes, alega ‘engano’

Soldados israelense em 18 de fevereiro de 2022 [Jalaa Marey/AFP via Getty Images]

O exército israelense admitiu nesta segunda-feira (11) que soldados da ocupação atacaram e aprisionaram três palestinos inocentes em agosto, causando risco de vida.

Segundo a mídia israelense, as chamadas Forças de Defesa de Israel (FDI) alegaram que seus soldados dispararam de um veículo em movimento contra suspeitos de produzir explosivos, perto de um checkpoint nos arredores de Jenin, na Cisjordânia ocupada.

Mesmo feridos, três palestinos foram presos. Uma quarta vítima foi levada a um hospital em Jenin por paramédicos palestinos devido à gravidade de seus ferimentos.

Wasim Herzallah (30) foi baleado na perna e recebeu alta. Ali Hassan (19), contudo, continua paralisado da cintura para baixo, além de ter sofrido ferimentos no ombro; Ali foi transferido ao hospital de Tel Hashomer para tratamento, onde um soldado “desculpou-se” a familiares, segundo a reportagem.

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Outra vítima, Hassan Qassem Suleiman, permanece sedado e entubado após ser baleado na cabeça pelos soldados israelenses.

O exército ocupante não comentou oficialmente o caso até então.

Sem apresentar provas, uma fonte militar tentou minimizar a violência, ao alegar que suas tropas atiraram no veículo errado após “terroristas [sic] jogarem uma bomba e rapidamente deixarem o local”.

O oficial prometeu investigação “no mais alto escalão”.

Violações contra civis palestinos são comuns nos territórios ocupados e raramente incorrem em responsabilidade penal ou sequer indenização às vítimas.

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