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Autoridade Palestina denuncia ‘pilhagem’ de Israel ao reter tributações

Primeiro-ministro da Autoridade Palestina (AP), Mohammad Shtayyeh, realiza coletiva de imprensa após forças israelenses fecharem sete ongs em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 18 de agosto de 2022 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

O primeiro-ministro da Autoridade Palestina (AP), Mohammad Shtayyeh, condenou nesta terça-feira (5) a dedução de tributos coletados na Cisjordânia ocupada por parte de Israel como “pilhagem”, segundo informações da agência Anadolu.

Pouco antes, o Ministério das Finanças do governo ocupante confirmou reter recursos para pagar supostas dívidas de Ramallah à Corporação de Eletricidade de Israel (IEC). Segundo a imprensa israelense, o débito supera US$520 milhões. O lado palestino contesta o valor, ao estimar US$210 milhões a serem pagos futuramente.

“Trata-se de pilhagem sistemática e roubo de nosso dinheiro”, declarou Shtayyeh em nota. “Tais deduções são uma declaração aberta de guerra fiscal que abarca a guerra política em curso contra o povo palestino”.

O premiê palestino instou o governo dos Estados Unidos e a União Europeia a “intervir para acabar com todas essas políticas abusivas”, ao alertar para “perigosas repercussões” devido à crise socioeconômica que assola os territórios ocupados.

A Autoridade Palestina sofre diversos problemas econômicos há anos, devido às políticas israelenses de expropriação de recursos tributários coletados por autoridades ocupantes, sem a devida transferência à administração em Ramallah.

Os impostos sobre importações e exportações palestinas – conhecidos mutuamente como maqasa – são coletados por Israel em nome da Autoridade. O regime colonial pega para si uma suposta comissão de 3% do valor coletado.

Os recursos tributários são estimados em aproximadamente US$30 milhões por mês e representam a principal fonte de renda da Autoridade Palestina.

LEIA: O medo que a AP tem dos jornalistas palestinos

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