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Após confrontos, ONU suspende serviços em campo palestino no Líbano

Funeral de Abu Sheref el-Armoushi, membro do movimento Fatah e três guardas, mortos em confrontos faccionários no campo de refugiados palestino de Ain el-Hilweh, em Sídon, no Líbano, 31 de julho de 2023 [Houssam Shbaro/Agência Anadolu]

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) suspendeu seus serviços no maior campo de refugiados palestino do Líbano, em protesto à presença de combatentes armados nos arredores de escolas e outras instalações locais.

As informações são da agência de notícias Reuters.

Confrontos mortais eclodiram em Ain el-Hilweh em julho, após atiradores ligados a grupos islâmicos executarem Mahmoud Khalil, membro do partido Fatah.

Centenas de pessoas deixaram o campo desde então.

“A agência não tolera ações que rompem a neutralidade de suas instalações”, confirmou a UNRWA em comunicado. “Reiteramos nosso apelo a todos os agentes armados que deixem as instalações imediatamente, para garantir a assistência necessária aos refugiados”.

As escolas do campo devem deixar, portanto, de prestar serviço a 3.200 crianças no começo do ano letivo.

Cerca de 400 mil refugiados vivem em 12 campos palestinos no Líbano, estabelecidos após a Nakba – ou “catástrofe”, quando foi criado o Estado de Israel, mediante limpeza étnica, em maio de 1948.

Criada em 1949, a UNRWA fornece serviços públicos essenciais – como educação, saúde e socorro humanitário – a palestinos em Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Síria e Líbano.

LEIA: A incômoda verdade sobre Ain Al-Hilweh, a capital do ‘shatat’ e da agonia palestina

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