O número de incidentes relacionados aos colonos ilegais nos territórios palestinos ocupados chegou a 591 casos nos primeiros seis meses de 2023, reportou o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) nesta sexta-feira (4).
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“Trata-se de média de 99 incidentes por mês e 39% de aumento comparado à média anual de 2022, registrada em 71 casos por mês”, comentou Jens Laerke, porta-voz da agência em informe às Nações Unidas em Genebra.
Os incidentes deixam baixas civis e danos a propriedades palestinas.
O último ano já havia batido recorde desde 2006, quando a agência começou a documentar os casos, reiterou Laerke.
LEIA: Apicultor palestino perde US$10 mil após colonos incendiarem suas colméias
Segundo seu alerta, comunidades pastoris são particularmente vulneráveis. Nos últimos dois anos, ao menos 399 pessoas sofreram deslocamento forçado devido à violência de colonos contra sete comunidades pastoris na Palestina ocupada.
Três aldeias – Al Baqa’a, Khirbet Bir al’Idd e Wedadiye – foram completamente despovoadas; nas outras comunidades alvejadas, restam poucas famílias.
Diversas localidades na Cisjordânia vivem sob ameaça de expulsão devido a um ambiente de coação e violência imposto por demolições, expansão de assentamentos e outras violações israelenses contra a população nativa.
“Os assentamentos israelenses são ilegais sob o direito internacional”, destacou Laerke. “Sua presença aprofunda as demandas humanitárias, devido ao impacto imposto à subsistência, à segurança alimentar e ao acesso a serviços essenciais”.
LEIA: Corte israelense expulsa 500 palestinos para dar lugar a novo bairro judeu