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Prisioneiras palestinas lançam greve de fome contra transferência arbitrária

Prisioneiras palestinas Itaf Jaradat (51) e Fatima Shahin (33) [@TInsidePal/Twitter]

Duas prisioneiras palestinas lançaram uma greve de fome sem prazo definido em protesto a sua transferência a uma penitenciária ainda mais severa, em condições já bastante precárias de detenção, reportou a rede de notícias Arab48.

Nesta segunda-feira (24), a Comissão de Prisioneiros e Ex-prisioneiros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) expressou seu repúdio a ações arbitrárias de punição coletiva impostas contra os palestinos pelo Serviço Penitenciário de Israel (SPI).

A agência advertiu a administração prisional contra a transferência de Fatima Shahin (33) e Itaf Jaradat (51) a uma ala carcerária onde suas vidas correm perigo.

“A gestão está ciente dos riscos de transferir as duas prisioneiras à seção de detentos penais … que possuem precedentes de crimes graves e comportamentos perigosos”, alertou a nota, ao descrever a medida como “imoral e desumana”, com intuito de punir as prisioneiras por sua greve de fome, que chegou ao terceiro dia.

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Em um primeiro momento, Shahin foi transferida à ala penal, apesar de sofrer ferimentos no ombro e na perna na ocasião de sua prisão, no checkpoint militar de al-Jalama, próximo ao assentamento ilegal de Gush Etzion, relatou Riyad al-Ashqar, ex-diretor do Centro de Estudos dos Prisioneiros Palestinos.

Após protestos de outras detentas, Shahin foi levada para a clínica do presídio de Ramleh e então a uma cela no presídio de Damon. Contudo, voltou a ser transferida à ala penal junto de Jaradat após supostamente concluir seu tratamento médico.

Al-Ashqar acusou Israel de tortura psicológica contra as prisioneiras e pediu ações civis para libertá-las.

Desde 1967, a ocupação israelense deteve mais de 17 mil mulheres, incluindo 34 ainda hoje em custódia – na maioria, em duras condições no presídio de Damon.

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