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Israel aprova 5.700 unidades coloniais na Cisjordânia, total deste ano chega a 13 mil

Colonos israelenses tentam reestabelecer um posto colonial avançado na Cisjordânia, em 22 de janeiro de 2023 [Gil Cohen-Magen/AFP via Getty Images]

Israel deferiu nesta terça-feira (27) planos para estabelecer mais de 5.700 residências de uso colonial na Cisjordânia ocupada, batendo recorde de 13 mil novas unidades ilegais somente neste ano, reportou a agência Anadolu.

Um comitê de planejamento sobre os assentamentos na Cisjordânia, sob administração do Ministério da Defesa, deu aval à construção das casas em seis meses, além de “legalizar” de modo retroativo três postos avançados que violam o direito internacional.

A decisão inclui aprovação final para 818 residências nos assentamentos de Elkana, Revava, Givat Ze’ev, Carmel, Harmesh, entre outros.

Golpe de anexação

Conforme a ong Peace Now, o ano corrente bateu recorde de unidades coloniais aprovadas desde 2012, excedendo 12.159 unidades ratificadas em 2020 – ano marcado pelo começo da pandemia de covid-19 e pelo “acordo do século” do ex-presidente americano Donald Trump.

“A aprovação de 5.700 unidades habitacionais hoje e 13 mil apenas no primeiro semestre do ano deixa claro que o governo se apressa rumo a um golpe de anexação, reafirmando Israel como Estado de apartheid”, reiterou em comunicado a Peace Now.

Reação palestina

“As novas unidades habitacionais servem como gratificação aos ministros de extrema-direita Bezalel Smotrich, das Finanças, e Itamar Ben-Gvir, da Segurança Nacional, junto de aliados e apoiadores terroristas”, afirmou o Ministério de Relações Exteriores da Autoridade Palestina (AP) em nota de repúdio.

As novas residências permitem a extremistas que estendam suas atividades ilegais nas terras ocupadas e intensifiquem ataques contra civis palestinos, prosseguiu o comunicado.

A medida foi ainda descrita como “grave ataque” à legitimidade internacional, ao ignorar o consenso de Estados Unidos e diversos outros países, que rejeitam a presença e construção de assentamentos na Palestina ocupada.

Dados indicam que 700 mil colonos vivem em 300 assentamentos nos territórios ocupados de Jerusalém Oriental e Cisjordânia. Todos os assentamentos e seus colonos são ilegais sob o direito internacional.

LEIA: Israel envenenou terras palestinas, revela documentos de Estado recém divulgados

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