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Israel planeja aprovar três novos postos coloniais na Cisjordânia

Obras coloniais em Jerusalém ocupada [Daniel Bar On/Agência Anadolu]

Autoridades israelenses planejam aprovar até 5.800 novas unidades coloniais na próxima semana, ao “legalizar” três postos avançados nos arredores do assentamento ilegal de Eli, no norte da Cisjordânia ocupada.

Dois dos três postos coloniais já receberam aval do premiê Benjamin Netanyahu nesta quarta-feira (21), ao anunciar mil novas unidades em Eli. O local é foco de tensões nos últimos meses, com quatro colonos mortos nesta semana.

O Conselho de Planejamento da Administração Civil – sob gestão militar de Israel – discutirá na segunda (26) as unidades na Cisjordânia, construídas para supostos fins agrários, embora utilizadas como habitação por colonos ilegais.

Os projetos a serem ratificados pelo poder executivo abarcam dois esquemas para instalar 407 unidades habitacionais em Nof Harim e Hayovel e 347 unidades em Palgei Mayim, nos arredores de Eli.

O líder colonial Yisrael Gantz enalteceu os avanços ao jornal Times of Israel, ao admitir punição coletiva: “Sempre que um palestino matar um israelense, construíremos cem unidades habitacionais. Só assim os terroristas vão parar de nos perturbar”.

Gantz insistiu que o exército da ocupação deve invadir cidades e aldeias palestinas e executar indivíduos para dissuadir a resistência.

Estimativas indicam que aproximadamente 700 mil colonos vivem em 164 assentamentos e 116 postos avançados na Cisjordânia. Todos os assentamentos são ilegais segundo o direito internacional e resoluções das Nações Unidas.

LEIA: Colonos israelenses invadem mesquita, rasgam cópias do Alcorão

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