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Dia Mundial dos Refugiados pede mais apoio aos países anfitriões

Refugiados esperam para embarcar no navio Golfo Azzuro, da ong espanhola Proactiva Open Arms, após serem resgatados à deriva no Mar Mediterrâneo, perto da Líbia, em 15 de junho de 2017[Marcus Drinkwater/Agência Anadolu]
Refugiados esperam para embarcar no navio Golfo Azzuro, da ong espanhola Proactiva Open Arms, após serem resgatados à deriva no Mar Mediterrâneo, perto da Líbia, em 15 de junho de 2017[Marcus Drinkwater/Agência Anadolu]

As Nações Unidas marcam o Dia Mundial dos Refugiados neste 20 de junho. Em mensagem para a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, ressalta que mais de 100 milhões de pessoas que vivem em países abalados por conflitos, perseguições, fome e caos climático foram forçadas a fugir de suas casas.

Ele destaca que “não são apenas números”, são mulheres, crianças e homens que fazem viagens difíceis e muitas vezes enfrentam violência, exploração, discriminação e abuso.

Apoio aos refugiados

Para Guterres, a celebração alerta que é dever de todos proteger e apoiar os refugiados, criando soluções para realojar pessoas e apoiar famílias a reconstruir suas vidas com dignidade.

O secretário-geral das Nações Unidas cita o Pacto Global para Refugiados, que prevê mais apoio internacional aos países anfitriões para aumentar o acesso à educação de qualidade, ao trabalho digno, à assistência médica, ao alojamento e à proteção social.

Ao revelar o tema desse ano, “Esperança Longe de Casa”, o chefe da ONU faz um apelo ao mundo para que aproveite a esperança que os refugiados carregam nos seus corações.

Quênia como anfitrião

O chefe da Agência da ONU para Refugiados, Acnur, está marcando a data com uma visita ao Quênia. Filippo Grandi esteve no campo de refugiados de Kakuma, e conheceu somalis que estão reconstruindo sua vida no país.

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Grandi afirma que os quenianos acolheram generosamente refugiados por mais de 30 anos. Em diversas viagens pelo país, o alto comissário afirma ter visto o impacto para melhorar as condições dos refugiados e das comunidades de acolhimento.

Com essa passagem, ele quer destacar ao resto do mundo que é possível fazer mais para oferecer esperança, oportunidades e soluções aos refugiados, onde quer que estejam e seja qual for o contexto.

Inclusão e apoio aos países anfitriões

O Acnur defende que a inclusão é a melhor forma de apoiar os refugiados no exílio, prepará-los para que possam ajudar na reconstrução de seus países quando as condições permitirem seu retorno, ou para prosperar caso sejam reassentados em outro país.

No entanto, a agência reforça que os países anfitriões não podem fazer isso sozinhos: a comunidade internacional deve intensificar e fornecer os recursos financeiros para permitir a implementação de políticas.

Para Grandi, é necessário mais comprometimento para incluir refugiados na sociedade, seja em escolas, locais de trabalho, sistemas de saúde e além, permitindo que os refugiados possam recuperar a esperança longe de casa.

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Assim, ele faz um chamado para que líderes cumpram com sua responsabilidade de intermediar a paz para que a violência pare e os refugiados possam voltar para casa com segurança e voluntariamente.

O chefe do Acnur conclui pedindo aos governos por mais oportunidades de reassentamento de refugiados desesperadamente necessitados.

Publicado originalmente em ONU News

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