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Todos os assentamentos na Cisjordânia são ilegais, reitera União Europeia

Forças israelenses preparam demolição em Silwan, na cidade ocupada de Jerusalém, em 10 de maio de 2023 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Sven Kuhn von Burgsdorff, representante da União Europeia na Palestina, reafirmou ontem (24) que todas as formas de construção colonial israelense na Cisjordânia ocupada são ilegais.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Seu comunicado foi emitido durante uma visita de embaixadores e cônsules europeus às cidades palestinas de Sebastia e Burqa, no norte da Cisjordânia.

“Legitimar o retorno de colonos a postos avançados evacuados no norte da Cisjordânia é algo que contradiz as decisões da Suprema Corte de Israel e a lei internacional”, destacou von Burgsdorff a jornalistas. “Todas as formas de assentamento são ilegais”.

Na semana passada, o Comando Central do Exército de Israel deferiu um decreto para permitir que colonos se mudem ao posto avançado de Homesh, perto de Nablus, com intuito de construir um assentamento formal na região, reportou o jornal Times of Israel.

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“Israel deve interromper tais medidas, assim como a violência, e impedir ataques de colonos”, comentou von Burgsdorff. “Israel é uma potência ocupante que tem responsabilidade de proteger os palestinos frente tais ações”.

Em março, o parlamento israelense (Knesset) aprovou um projeto de lei para permitir o retorno de colonos a quatro assentamentos da Cisjordânia. O texto reverteu ordens legais para a evacuação dos postos de Homesh, Ganim, Kadim e Sa-Nur, emitidas em 2005.

No início de maio, o premiê da Autoridade Palestina (AP), Mohammad Shtayyeh reforçou apelos para que a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) interviesse pelo fim da construção de assentamentos coloniais radicados no sítio arqueológico de Sebastia, na Cisjordânia ocupada. O local data dos períodos helênico e romano.

Conforme o Haaretz, o governo israelense aprovou uma proposta para investir US$8 milhões no local, a fim de permitir o assentamento de colonos e reduzir o acesso palestino à região.

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