O governo da ocupação israelense realizou sua reunião de gabinete neste domingo (21) em um túnel debaixo da Mesquita de Al-Aqsa, com intuito de demonstrar a “soberania” de Israel sobre Jerusalém e seus lugares sagrados.
O túnel em questão fica situado sob o Muro de al-Buraq (ou Muro das Lamentações), no Nobre Santuário de Al-Aqsa.
Segundo o jornal israelense Maariv, durante o encontro, os ministros aprovaram um acréscimo orçamentário de US$17 milhões a projetos para judaização de Jerusalém – isto é, projetos cujo objetivo é apagar a identidade islâmica e cristã da cidade em favor da soberania judaica.
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Um dos planos envolve escavar novos túneis sob Al-Aqsa, em detrimento de sua estrutura.
“Uma e outra vez, meus amigos e eu fomos forçados a rebater a pressão internacional daqueles que desejam dividir Jerusalém novamente”, declarou o premiê Benjamin Netanyahu, segundo a rede de notícias AFP. “Alguns dias atrás, Abu Mazen [Mahmoud Abbas] disse que o povo judeu não tem vínculos com Jerusalém e seus santuários. Digo a ele que realizamos nosso encontro de hoje no coração de Jerusalém e seus santuários”.
A Autoridade Palestina (AP) e os grupos de resistência condenaram o encontro sob o complexo de Al-Aqsa, o primeiro desde 2017.
“Trata-se de uma perigosa escalada da guerra religiosa travada por Israel contra a cidade santa de Jerusalém”, advertiu Hazem Qasem, porta-voz do Hamas.
Ahmed Ruwaidi, assessor do presidente da AP, Mahmoud Abbas, para questões de Jerusalém, reiterou que o governo extremista de Israel busca reforçar soberania sobre Jerusalém Oriental e introduzir uma falsa narrativa às custas da realidade histórica do país.
Ruwaidi observou ainda que o encontro promoveu projetos para deslocar à força comunidades nativas de Jerusalém, em particular nos bairros palestinos de Sheikh Jarrah e Silwan.
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