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39% das famílias de Jerusalém vivem abaixo da linha da pobreza

Escavadeiras israelenses demolem casa em Jerusalém Oriental, em 10 de maio de 2023 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Em Jerusalém ocupada, cerca de 39% das famílias – entre judeus e palestinos – vivem abaixo da linha da pobreza, confirmou um estudo israelense nesta quarta-feira (17), segundo informações da agência de notícias Anadolu.

“Os dados sobre a pobreza na cidade apresentam um quadro preocupante”, reportou o Instituto de Pesquisa Política de Jerusalém em novo relatório.

Conforme dados de 2021, cerca de 125.900 famílias (39%) e 202.400 menores de idade – metade das crianças de Jerusalém – vivem abaixo da linha da pobreza, destacou o estudo.

“A taxa de pobreza em Jerusalém é significativamente maior do que a taxa em Israel, onde 21% das famílias e 28% das crianças vivem abaixo da linha de pobreza”, prosseguiu, em referência ao território ocupado em 1948, mediante limpeza étnica dos palestinos nativos.

Segundo o relatório, a taxa de pobreza chega a 43% entre judeus haredim de Jerusalém, número ainda maior do que entre a população ultraortodoxa de Israel (40%).

“Entre a população árabe de Jerusalém, em torno 60% vivem abaixo da linha de pobreza, em comparação com 39% entre a população árabe em Israel”, acrescentou.

O relatório mostrou ainda que 11.900 novos residentes se mudaram de outras cidades israelenses a Jerusalém em 2021. No mesmo ano, o número de imigrantes “que escolheram viver em Jerusalém (3.700) bateu recorde entre as principais cidades de Israel”, reiterou.

Jerusalém continua no coração das décadas de conflito no Oriente Médio. Os palestinos reivindicam que Jerusalém Oriental – ocupada desde 1967 – seja reconhecida  como capital de seu Estado independente. Israel, no entanto, insiste em anexar toda a cidade.

LEIA: Israel, 75 anos de massacres, abusos e deslocamentos

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