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Após 75 anos, evento da ONU recorda a Nakba palestina pela primeira vez

Protesto em memória da Nakba – ou “catástrofe”, como os palestinos descrevem a criação do Estado de Israel mediante limpeza étnica, em 1948 –, na cidade de Paris, França, em 13 de maio de 2023 [Ibrahim Ezzat/Agência Anadolu]
Protesto em memória da Nakba – ou “catástrofe”, como os palestinos descrevem a criação do Estado de Israel mediante limpeza étnica, em 1948 –, na cidade de Paris, França, em 13 de maio de 2023 [Ibrahim Ezzat/Agência Anadolu]

Pela primeira vez em sua história, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) rememorou o Dia da Nakba – termo em árabe traduzido como “catástrofe”, como os palestinos descrevem a criação do Estado de Israel, mediante limpeza étnica, em 15 de maio de 1948.

“Este ano marca o 75° aniversário do deslocamento em massa dos palestinos, evento conhecido como Nakba ou Catástrofe”, declarou a ONU em comunicado postado em seu website.

“O Comitê sobre o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino (CEIRPP) recordará o 75° aniversário da Nakba com um evento na sede das Nações Unidas em Nova York”, prosseguiu a nota, ao observar que se trata da primeira vez na história que o órgão reconhece a data.

O CEIRPP conduz um encontro especial nesta segunda-feira (15), das 10h00 às 12h30 (hora de Nova York), em uma de suas salas de conferência. O evento deve ser realizado em seis idiomas, incluindo um discurso do presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas.

O embaixador Cheikh Niang, chefe do comitê, preside o evento.

Além de Abbas, espera-se a presença de Rosemary A. DiCarlo, subsecretária geral para assuntos de paz e resolução política; Philippe Lazzarini, comissário da Agência da ONU para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA); e representantes da sociedade civil.

Um evento extraordinário será conduzido ainda no Salão da Assembleia Geral nesta noite, das 18h00 às 20h00 locais.

“Este evento trará à vida a jornada palestina, com objetivo de criar uma experiência imersiva da Nakba por meio de música, fotografias, vídeos e testemunhos pessoais”, destacou a nota. “Esta é uma ocasião para reafirmar que o nobre objetivo de justiça e paz requer reconhecer a história e a realidade do povo palestino e garantir que seus direitos inalienáveis sejam respeitados”.

LEIA: #Nakba75

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