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Operação Túnel da Liberdade: Ben-Gvir demite comissária prisional de Israel

Ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir [Saeed Qaq/Agência Anadolu]

Oficiais de alto escalão do Ministério de Segurança Nacional de Israel preveem que o chefe da pasta, Itamar Ben-Gvir, terá de exonerar a comissária do Serviço Carcerário, Katy Perry, devido  aos resultados do inquérito sobre a Operação Túnel da Liberdade.

O episódio envolveu a fuga de seis prisioneiros palestinos do presídio de segurança máxima de Gilboa, após escavarem um túnel de suas celas, em 6 de setembro de 2021. O incidente foi visto como golpe aos serviços carcerários da ocupação, apesar da subsequente caça humana que resultou na recaptura dos presos.

Segundo reportagem da emissora pública israelense Kan, transmitida nesta sexta-feira (28), os resultados do inquérito não dão escolha a Ben-Gvir senão demitir a comissária prisional, que lhe expressou apoio após o parlamentar de extrema direita assumir o ministério, em dezembro.

Conforme relatos, Menachem Finkelstein, chefe do comitê de investigação e juiz aposentado, se reuniu com o ministro há duas semanas, para informá-lo da gravidade das descobertas. O jurista sugeriu a Ben-Gvir que não haveria opção senão exonerar Perry.

A reportagem indicou ainda que o extenso relatório sobre a Operação Túnel da Liberdade, com mais de 200 páginas, será publicado em maio.

Sobre o eventual substituto de Perry, o ministro realizou uma série de encontros recentes com oficiais e líderes do serviço carcerário para pedir indicações.

Em setembro último, foi aberto um inquérito contra Perry após um assessor acusá-la de impedir a entrega de documentos e informações ao comitê de inquérito sobre a fuga de Gilboa.

Os presos que participaram da Operação Túnel da Liberdade são Mahmoud al-Ardah, Mohamed al-Ardah, Yaqoub Qadri, Ayham Kamamji, Munadil Nafa’at e Zakaria Zubaidi. Eles continuaram em fuga por dias, antes de serem novamente detidos e julgados.

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