O Fundo Nacional Judaico (FNJ), órgão colonial de Israel, planeja construir novos assentamentos nos territórios palestinos ocupados, ao apreender propriedades e terras, sobretudo destinadas a projetos agrícolas.
Ifat Ovadia-Luski, nova presidente da organização, confirmou planos de aprovar a criação de 13 assentamentos – ilegais segundo o direito internacional –, além da compra de grandes áreas de terras agrícolas no Negev, Galileia, Golã e Vale do Jordão. Segundo Ovadia-Luski, tais áreas são desafiadoras em termos de asseverar controle sionista.
Em entrevista ao jornal Makor Rishon, Ovadia-Luski afirmou que o trabalho do Fundo Nacional Judaico nas fronteiras da Faixa de Gaza visa estabelecer áreas agrícolas para “fins de segurança”, com intuito de evitar a exposição a grupos armados, reduzir lacunas entre os assentamentos e investir mais nos colonos radicados no Negev e na Galileia.
“Não é segredo que quando os colonos não cultivam a terra, Israel as perde”, comentou a chefe do órgão colonial. “Esse é o verdadeiro desafio sionista, representado pela realização de mais e mais projetos agrícolas”.
Segundo autoridades israelenses, as principais tarefas do FNJ são apreender terras palestinas ocupadas, desenvolver e construir assentamentos e estabelecer mais no setor hídrico.
“O que o Estado leva dez anos para construir, o FNJ constrói em um ano”, conclui Ovadia-Luski.
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