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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Eventos recentes fortalecem posição do Hamas, alerta instituto israelense

Funeral de palestinos mortos por soldados israelenses durante invasão a Jenin, na Cisjordânia ocupada, em 16 de março de 2023; quatro palestinos, um menor, foram assassinados [Nedal Eshtayah/Agência Anadolu]

O Instituto Israelense de Estudos de Segurança Nacional (INNS) publicou um relatório sobre os últimos desenvolvimentos nas várias frentes referentes a Israel, ao observar que o movimento Hamas assumiu controle da conjuntura palestina em detrimento da Autoridade Palestina (AP).

Sob autoria do pesquisador Udi Dekel, o relatório apontou conquistas consideráveis do Hamas nas últimas semanas, ao dominar certos eventos.

O Hamas, segundo Dekel, “aproveitou os eventos no Monte do Templo [complexo da Mesquita de Al-Aqsa] para um aumento dramático no escopo dos ataques e assumiu completamente o controle da agenda regional e palestina, demonstrando a irrelevância da Autoridade Palestina”.

Os avanços contrapõem “cúpulas realizadas em Aqaba, na Jordânia, e Sharm el-Sheikh, no Egito, com o intuito de coordenar esforços para impedir a escalada”.

Dekel observou que o Hamas disparou foguetes do Líbano, ao angariar apoio no país levantino, à medida que o Fatah se manteve em silêncio. Dekel sugeriu que a resistência armada incidente na Cisjordânia é coordenada pelo vice-chefe do burô político do Hamas, Saleh al-Arouri.

Conforme a análise, a estratégia de unidade das frentes tem diversos objetivos: robustecer a instabilidade na fronteira; reforçar a posição da ala “extremista” do Hamas, radicada no Líbano, com apoio do Hezbollah; acelerar a queda da Autoridade Palestina em seu sistema atual; incitar os palestinos em casa a tomar as ruas contra Israel; defender a Mesquita de Al-Aqsa; impedir a normalização com países árabes; e criar fissuras nos acordos de paz com Egito e Jordânia.

Dekel recomendou alvejar as posições do Hamas na Palestina e no Líbano, incluindo instalações militares, e mitigar tensões internas na sociedade israelense, “interpretadas por inimigos como dano direto à capacidade de Israel de lidar com os palestinos em todas as frentes”.

LEIA: Hamas diz que Dia Al-Quds lembra ao mundo a responsabilidade por Jerusalém

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