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Corte na Áustria indeniza professora muçulmana por discriminação

Vista de Viena, capital da Áustria [Pintai Suchachaisri/Getty Images]

Uma mulher muçulmana, pressionada a remover o seu véu durante uma entrevista de emprego para professora de jardim de infância, cujo cargo lhe foi negado, recebeu €2.000 em indenização na Áustria, segundo informações da agência de notícias Anadolu.

A decisão foi deferida em segunda instância pelo Tribunal Regional de Assuntos Cíveis de Viena nesta segunda-feira (17), reportou a Associação de Litígios que representou a vítima na justiça.

A mulher, então com 19 anos, que já possuía experiência no setor de pedagogia, queria reunir qualificações e concluir sua formação como supervisora infantil na capital austríaca.

Durante o processo, foi “reiteradamente questionada sobre seu véu de forma discriminatória” e instada a removê-lo. A corte corroborou discriminação de culto e gênero sob a Lei Austríaca de Igualdade de Tratamento (GIBG).

“Perguntas reiteradas e intrusivas sobre o lenço não têm lugar em um processo de obtenção de emprego”, comentou em nota Theresa Hammer, chefe de aplicabilidade legal da Associação de Litígios. “O tribunal deixou claro que isso constitui discriminação de gênero e religião”.

Segundo Sandra Konstatzky, chefe da Ombud Austríaca para Igualdade de Tratamento, cerca de 74% vítimas de discriminação religiosa no país são muçulmanas. Em torno de 90% desses casos se referem a discriminação contra mulheres muçulmanas.

LEIA: Não podemos derrotar o autoritarismo sem combater a islamofobia

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