Interferências externas causaram guerra no Sudão, alega ex-premiê do Catar

O ex-primeiro-ministro do Catar, Hamad Bin Jassim Bin Jabr, alegou que os confrontos armados que se deflagraram no Sudão no fim de semana, entre o exército oficial e uma poderosa força paramilitar, são “consequências de conselhos maliciosos e interferências estrangeiras”.

Desde sábado (15), o Sudão vivencia confrontos entre as Forças Armadas e as Forças de Suporte Rápido (FSP), lideradas pelo então vice-presidente do Conselho Soberano, Muhammad Hamdan Dagalo (Hemedti), ex-aliado do comandante do exército Abdel Fattah al-Burhan.

“Esperamos que o povo sudanês e suas Forças Armadas aprendam com a amarga realidade de outros países que recorreram às armas para solucionar suas crises e escolham a razão e a lógica para superar este desastre, tão esperado, à luz de sucessivas intervenções externas”, escreveu Bin Jassim no Twitter.

Bin Jassim instou a Liga Árabe a adotar a abordagem da União Africana na resolução de crises, ao advertir: “Não descarto que a União Africana inicie suas ações antes que a Liga Árabe mova um dedo”.

“Finalmente! Um apelo à Liga Árabe. Ela irá intervir efetivamente para deter esta escalada, que, se não for imediatamente interrompida, causará grande perda não apenas ao Sudão e seu povo, mas para todos os árabes?”, prosseguiu o ex-premiê. “O que esperamos é que as ações não se reduzam a uma declaração verbal de seus membros, mas sim uma força árabe ativa que vá a Cartum e monitore o cessar-fogo”.

ASSISTA: Sudão: combates irrompem em Cartum entre militares e paramilitares

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