Soldados israelenses atacaram um motorista palestino nesta quarta-feira (12) e vandalizaram seu veículo, usado para transportar sua filha deficiente.
Segundo o jornal israelense Haaretz, Mohammed Sabarna tentou conversar com os soldados e alertá-los sobre a deficiência de sua filha; entretanto, foi agredido. O incidente ocorreu em Beit Ummar, ao norte de Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada.
Um porta-voz do exército ocupante disse ao Haaretz que os soldados estavam na área em busca de um foragido e arrombaram o carro de Mohammed após receberem denúncias de que havia uma arma no veículo. Segundo a versão do exército, Mohammed negou acesso ao carro.
No entanto, nenhuma arma foi encontrada.
Mohammed destacou que os soldados arrombaram o carro sem sequer abordá-lo. O incidente ocorreu às 4h30 da manhã, quando a família se reunia para o suhoor – refeição que antecede o jejum do Ramadã. Foi então que o alarme do carro disparou e a família encontrou os soldados destruindo as janelas do veículo.
“Eles me deram coronhadas e me mandaram calar a boca e entrar em casa”, disse Mohammed. “Os soldados não falaram comigo antes de arrombar o carro, sequer bateram na minha porta”.
Mohammed observou que sua filha, Yasmin, de 30 anos, depende do carro para sua mobilidade.
Mohammed foi à delegacia de Etzion para registrar um boletim de ocorrência, mas foi instruído a retornar na semana seguinte.
Israel ocupa ilegalmente a Cisjordânia, incluindo Hebron, desde 1967. Agressões, violações de direitos humanos e atos de vandalismo perpetrados por colonos e soldados são cotidianos nas aldeias e cidades de Jerusalém e da Cisjordânia.
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